quinta-feira, 5 de setembro de 2019

DESLIGAMENTO COLETIVO NA LAVA JATO

Procuradores da Lava Jato pedem desligamento coletivo em protesto contra Raquel Dodge.

Seis procuradores do grupo de trabalho da Lava Jato formalizaram, nesta quarta-feira, 4, um pedido de desligamento coletivo da operação em protesto contra a procuradora-Geral da República, Raquel Dodge.
Os procuradores Raquel Branquinho, Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Hebert Mesquita, Victor Riccely e Alessandro Oliveira enviaram um comunicado por meio de mensagens a grupos coletivos de trabalho das forças-tarefas da operação alegando "grave incompatibilidade de entendimento" com manifestação enviada pela PGR ao STF na última terça-feira, 3.



Segundo informações do jornal O Globo, na manifestação, Dodge teria enviado a delação do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, pedindo a homologação do acordo. No entanto, teria requerido o arquivamento preliminar de trechos da delação envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o ex-prefeito de Marília/SP, José Ticiano Dias Toffoli, irmão do presidente do STF, José Antonio Dias Toffoli.
Por não compatibilizarem com o pedido, os procuradores solicitaram o afastamento do grupo e, no caso de Raquel Branquinho, da Secretaria da Função Penal Originária.

Confira a íntegra do comunicado:

Prezados colegas,
Devido a uma grave incompatibilidade de entendimento dos membros desta equipe com a manifestação enviada pela PGR ao STF na data de ontem (03.09.2019), decidimos solicitar o nosso desligamento do GT Lava Jato e, no caso de Raquel Branquinho, da SFPO. Enviamos o pedido de desligamento da data de hoje.
Foi um grande prazer e orgulho servir à Instituição ao longo desse período, desempenhando as atividades que desempenhamos. Obrigada pela parceria de todos vocês.
Nosso compromisso será sempre com o Ministério Público e com a sociedade.
Raquel Branquinho
Maria Clara Noleto
Luana Vargas
Hebert Mesquita
Victor Riccely
Alessandro Oliveira

Na noite desta quarta-feira, 4, Raquel Dodge confirmou que recebeu o pedido e, em nota, afirmou que, em todos os seus atos, cumpre a Constituição e a lei.
Veja a nota da PGR:

Nota Pública
Ao confirmar que recebeu pedido de desligamento de integrantes de sua equipe na área criminal, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, reafirma que, em todos os seus atos, age invariavelmente com base em evidências, observa o sigilo legal e dá rigoroso cumprimento à Constituição e à lei. Todas as suas manifestações são submetidas à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Fonte: Migalhas Quentes.

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