Marina Silva destaca papel do Ministério Público em defesa do meio ambiente.
Ex-ministra falou no 23º Congresso de Meio Ambiente e 17° Congresso de Habitação e Urbanismo.
Para a ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva estamos vivendo uma crise ambiental sem precedentes e que alcança toda a humanidade.
“Não é uma crise ambiental apenas, mas uma crise civilizatória na qual estão englobadas as crises econômica, social, ambiental, política e de valores”, disse ela nesta quinta-feira (24/10), durante a palestra inaugural que ministrou na abertura do 23º Congresso de Meio Ambiente e do 17° Congresso de Habitação e Urbanismo do MPSP, na sede da Escola Superior.
Ela foi convidada para falar sobre a globalização e o meio ambiente – os avanços e os retrocessos nessa área.
“Alcança o planeta inteiro. Trata-se de um desafio global e temos que compreender a magnitude desse problema”, ressaltou a ex-parlamentar.
Marina disse que o Ministério Público, a Justiça, a sociedade e as instituições têm papel fundamental para que se dê sustentação aos ganhos e não se permita retrocessos e abusos cometidos contra o meio ambiente.
“Invertemos o ideal do ser para o ideal do ter. Nos sentimos felizes se temos coisas. Mas imagine 7 bilhões de pessoas desejando ter coisas e a economia produzindo para isso. Haja energia. O problema é que o planeta é finito. Não temos mais planeta para consumir”, afirmou a ex-senadora.
“Temos que refazer o caminho para sair dessa crise”.
Segundo ela, há quem advogue a tese de que a globalização agrava problemas ambientais, sociais e de direitos humanos. “E a desglobalização ajuda a proteger o meio ambiente?", questionou.
“Países com alta tecnologia, com empresas que conquistaram eficiência energética, eficiência do uso de recursos hídricos e que conseguem produzir com menor custo em seus países de origem, em muitos casos, quando vão para outras regiões, acabam levando seu know-how. Isso ajuda países que jamais teriam acesso via transferência de tecnologia a experimentar modelos de produção mais eficientes”, ponderou Marina.
No final da palestra, a ex-ministra do Meio Ambiente recebeu uma homenagem e um diploma pela participação no evento das mãos da promotora de Justiça Regina Célia Damasceno, que também foi homenageada pela ESMP por sua atuação na área.
“O MPSP é uma instituição jovem com vontade de dialogar. Nós não estamos com as portas abertas para a senadora. Para a senhora nós não temos portas”, disse o promotor de Justiça Roberto Barbosa Alves (assessor da ESMP), que representou o diretor da escola, Antonio Carlos da Ponte.
A abertura do evento contou com a participação da procuradora de Justiça Lídia Passos (subprocuradora-geral de Integração e Relações Externas), que representou o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio.
Ela lembrou que o congresso é uma tradição na instituição e uma oportunidade de encontro com todos os atores que fazem diferença na agenda ambiental.
“O MPSP tem uma história para contar na luta ambiental”, afirmou ela.
Também compuseram a mesa da abertura do evento o promotor de Justiça Denilson de Souza Freitas (assessor do CAO Cível), Gabriel Bittencourt Perez (2° vice-presidente da Associação Paulista do Ministério Público), Eduardo Trani (subsecretário de Meio Ambiente da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente) e o desembargador Luiz Otávio de Oliveira Rocha, que representou o presidente do Tribunal de Justiça, Manoel Pereira Calças.
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