sexta-feira, 29 de novembro de 2019

NAS VEREDAS DO VEREZA:


Bolsonaro acha melhor o filho Eduardo ficar no Brasil como líder do psl, e escolhe outro nome para a embaixada em Whashington. 
Claro, o capitão de bobo não tem nada. 
Sabe, por um lado, que dificilmente o nome do filho passaria na avaliação do Senado, por outro, está percebendo que a situação de Donald Trump já não é tão segura, como há alguns meses. 
Mas o presidente não afirmara que a indicação de Eduardo devia-se ao fato de o Itamaraty estar dominado pela esquerda?
E assim, o país vai, aos trancos e outros trancos, sobrevivendo sob a égide do trio filial. 
Fosse na Dinamarca seria o prólogo de uma tragédia, como estamos abaixo da linha do Equador, devemos nos conformar com uma ligeira comédia de costumes.


Apoiei, me expus publicamente a favor da candidatura de Jair Bolsonaro. 
A classe artística, em sua maioria, virou-me a cara. 
Um dos colegas chegou a ponto de dizer "que você vai virar motivo de chacota!". 
Outro, "que minha carreira estava acabada!". 
Apoiei porque acreditei que seria possível a aprovação de reformas vitais para o país, porque ele defendia a família e crianças, vitimas, até então, de obscenas ideologias!
Sim. 
Bolsonaro formou a melhor equipe econômica dos últimos trinta anos. 
Ministros competentes, como Paulo Guedes, Tarcisio de Freitas, e na justiça, o íntegro Sergio Moro. 
Apoiei, mesmo não suportando os heróis do presidente, seus elogios a ditadores. 
Às vezes temos que nadar entre os escombros acreditando num bem maior!
Mas nem nos meus pesadelos, poderia imaginar que Bolsonaro frustrasse a esperança de cinquenta e sete milhões de eleitores, para privilegiar seus três filhos, colocando em risco a rara oportunidade de construir uma grande e próspera Nação!
Dirão os fanáticos: " Ah, mas houve avanços na economia!" Não me basta! 
Hitler debelou a inflação de milhões por cento ao ano na Alemanha. 
Com Mussolini os trens chegavam pontualmente no horário! Sei que são exemplos extremos, nem acredito que Bolsonaro compactue com tais sinistras figuras.
Mas a tibieza moral esmaece a confiança dos que nele acreditaram, quebrando, talvez definitivamente, o apoio necessário para o devido cumprimento das promessas eleitorais!
Pobre e trôpego país do eterno futuro.


Bolsonaro parece ter enorme prazer em colecionar áreas de atrito.
O mais recente foi a infantil recusa em assinar, pelo lado do Brasil, o documento que avaliza o prêmio Camões ao compositor Chico Buarque.
Ora, o fato de Chico ser opositor ao governo não é justificativa para fazer birrinha, visto tal distinção, tradicional, ter sido referendada pelo governo português, que não me parece ser de esquerda, ou adversária de Bolsonaro.
O saldo, foi, mais uma vez, reunir amplos setores, de diferentes e insuspeitas tendências ideológicas, inclusive internacionais, contra um governo que já tem contra si, uma oposição visivelmente antipatriótica.
Há falta de uma assessoria qualificada, ou o presidente dispensa opiniões que não sejam rigorosamente alinhadas às suas?
Bolsonaro formou um excelente ministério, há evidentes avanços em todos os setores. 
Por que ele mesmo complica o que tem feito de positivo?

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