Bolsonaro assinou no dia de ontem 5 acordos e 10 memorandos institucionais com o primeiro - ministro da Índia Narendra Modi o qual, e
m reportagem de capa, a revista britânica The Economist o denomina intolerante ao defender a população hindu, que responde por 80% da população do país asiático, e ao atacar os críticos de seu governo. A publicação destaca que Modi e o seu partido, o BJP, “estão criando divisões que colocam em risco a maior democracia do mundo”.
Modi e Bolsonaro presidem duas democracias e possuem grupos de seguidores fervorosos. No caso do líder indiano, eles chegam a perseguir jornalistas disparando fake news ou coisa pior na dark web, de acordo com amigos de vítimas desse tipo de ataque. Já o presidente brasileiro tem um séquito apelidado de “bolsominions”.
Bolsonaro é o primeiro presidente brasileiro a fazer uma visita de Estado à Índia desde 2004, de acordo a secretaria de comércio exterior indiana.
Apesar de a Índia ser o quarto maior parceiro comercial do Brasil na Ásia, o comércio entre os dois países é desfavorável ao lado brasileiro.
Conforme dados do Ministério da Economia, o Brasil exportou para a Índia US$ 2,8 bilhões e importou US$ 4,3 bilhões no acumulado do ano passado. Já os indianos investem mais em território brasileiro do que o Brasil na Índia: US$ 6 bilhões contra US$ 1 bilhão, segundo dados do governo da nação asiática.
Acordos em áreas diversas
Os cinco acordos de Estado e os 10 memorandos institucionais assinados entre ambos dizem respeito a várias áreas, como: agricultura, energia, segurança cibernética, saúde e medicina. Conforme dados da assessoria do Palácio do Planalto, os cinco acordos são de: Cooperação para Facilitação de Investimentos (ACFI), de Previdência Social, sobre Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal, Memorando de Entendimento sobre Cooperação de Bioenergia e de Intercâmbio Cultural para 2020-2024. De acordo com Bolsonaro, o etanol é um dos destaques dos acordos que serão firmados.
Além de participar, neste domingo (26/1), das festividades da independência indiana do Reino Unido, decretada em 1947, Bolsonaro tem compromisso também na segunda-feira.
De manhã, será o principal palestrante de um evento para empresários dos dois países.
À tarde, visitará o Taj Mahal, um dos principais cartões-postais indiano, em Agra, e, à noite, retorna para o Brasil. A chegada ao país está prevista para terça-feira.
Informações do Correio Braziliense.
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Na Índia, Eduardo Bolsonaro defende abertura de mercado de armas no Brasil: 'vai permitir mais acesso da população'
Objetivo, segundo o parlamentar, é atrair companhias estrangeiras e quebrar o que chama de ''monopólio branco'' de empresas locais
Assis Moreira*
O deputado federal Eduardo Bolsonaro Foto: Jorge William / Agência O Globo
NOVA DÉLHI — O deputado federal Eduardo Bolsonaro diz que vai se empenhar no acesso de armas para a população a partir da agora, ao mesmo tempo em que pretende continuar ativo na área internacional com suas conexões com líderes de direita.
Eduardo acompanha seu pai, o presidente Bolsonaro, na visita à Índia. E em conversa com os jornalistas, disse que seu plano depois de deixar o comando da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados é concentrar no tema de armamentos.
O deputado quer abrir o mercado brasileiro, atrair companhias estrangeiras para produzir armas no Brasil e quebrar o que chama de ''monopólio branco'' de empresas locais como a Taurus, fabricante de armas de pequeno porte.
Exemplificou que cartuchos e outro material de armamento custa cinco vezes mais no Brasil do que nos EUA, por exemplo. Assim, a competição no mercado, com mais empresas produzindo, facilitará o acesso de cidadãos a armas para se protegerem.
''Isso vai permitir mais acesso da população a armas, devido ao preço de armas. Hoje em dia esse mercado (no Brasil) é elitista'', afirmou. O parlamentar disse também que quem votou em Bolsonaro sabe dessa bandeira do presidente, e que ele foi o único a favor ''de legitima defesa através de armas de fogo''.
O deputado relatou que já conversou com a fabricante americana de armas Sig Sauer, que é fornecedora do Exército dos Estados Unidos, e com a italiana Beretta. Disse esperar que a Sig não abandone o projeto de produzir no Brasil. Comentando a desistência da companhia suíçaHuag de produzir armas no Brasil, alegando que isso afetaria sua imagem, Eduardo Bolsonaro mostrou sua estranheza que isso tenha ocorrido sete anos depois de a empresa fazer planos no Brasil. Para ele, o que pode ter ocorrido é uma divisão de mercado com outros fabricantes.
Perguntado se mais acesso a armas não aumentaria a violência no país, Eduardo respondeu que ''o que mata não é a arma, é o ser humano''. Ao seu ver, quando o governo anuncia que vai dar mais acesso ao cidadão a armas de fogo, ''a bandidagem começa a pensar duas vezes e isso tem um impacto''. Ele acha que essa é uma das razões da baixa de 22% no número de homicídios no país.
O Globo.
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