quarta-feira, 15 de abril de 2020

MORRE, AOS 94 ANOS, RUBEM FONSECA.



Morreu nesta quarta-feira, 15, aos 94 anos, no Rio de Janeiro, o escritor Rubem Fonseca. 
De acordo com a coluna de Lauro Jardim, ele sofreu um infarto na hora do almoço. 
Levado às pressas para o Hospital Samaritano, em Botafogo, ele não resistiu.
Autor de alguns dos livros mais emblemáticos da literatura brasileira, como "Agosto" e "A coleira do cão", ele completaria 95 anos em maio.
A partir dos anos 1960, Fonseca se consolidou como uma observador da violência urbana e da miséria humana. 
Sua estreia, a coletânea de contos “Os prisioneiros” (1963), foi saudada como “revelação do ano” pelo “Jornal do Brasil”, inaugurando o que o crítico Alfredo Bosi chamaria de corrente “brutalista”. 
O autor reinventou a narrativa policial, colocando os efeitos das rápidas e brutais transformações das grandes metrópoles brasileiras no centro de seus livros.
Em 1975, lançou "Feliz ano novo", um best-seller instantâneo que chegou a ser proibido pela ditadura militar. 
Reconhecido como um dos melhores contistas da história da literatura brasileira, Fonseca também deixou romances marcantes. O romance histórico "Agosto" (1990, que tem o suicídio de Getúlio Vargas como pano de fundo, e um dos seus maiores sucessos.
O autor não falava com jornalistas ha mais de 50 anos. 
Muito antes do isolamento social causado pelo surto do Covid-19, a reclusão de Fonseca se tornou folclórica na cena literária e também na cultura popular.

EXTRA

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