Pérez Esquivel, Nobel da Paz, pede para o mundo levantar a voz para salvar a vida de Assange.
O argentino Adolfo Pérez Esquivel, vencedor do Prêmio Nobel, pediu neste domingo (27) que o mundo levante a voz para salvar a vida do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, considerando que sua extradição para os Estados Unidos é uma sentença de morte.
27 de setembro de 2020.
Julian Assange (Foto: REUTERS / Simon Dawson)
247 - Na prisão por 17 meses em Londres, Assange enfrenta um julgamento aberto por disseminar milhares de documentos secretos da diplomacia dos EUA e dos militares dos EUA no Wikileaks, incluindo vários arquivos que expõem crimes de guerra cometidos no Iraque e no Afeganistão.
"Depois de seis anos refugiado na embaixada do Equador em Londres, onde o visitei pessoalmente, e depois de ser expulso pelo governo de Lenin Moreno e entregue à polícia britânica, Assange hoje tem graves problemas de saúde", disse Pérez Esquivel em entrevista à Prensa Latina.
O defensor dos direitos humanos e ativista social destacou que a possível extradição de Assange para os Estados Unidos é uma sentença de morte porque, se for julgado, será condenado a 175 anos de prisão pelas 17 acusações de espionagem de que é acusado.
Esta é uma sentença de morte, reiterou o Prêmio Nobel ao pedir à mídia mundial e aos jornalistas conscientes que levantem suas vozes porque isso põe em risco a liberdade de informação no mundo.
Devemos levantar nossa voz no mundo para salvar a vida de Assange e respeitar sua integridade física, disse Pérez Esquivel após pedir mais uma vez pela liberdade imediata do jornalista e ciberativista, hoje encarcerado no presídio de segurança máxima de Belmarsh, no Leste de Londres.
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