quinta-feira, 22 de outubro de 2020

O ZAGA E A ESCOLINHA DE MÚSICA DO PROFESSOR ROBERTINHO.


Quem não conheceu o Zaga, é só reportar -se ao Bozo.
Muito a ver com o presidente que colocaram para desgovernar o país.
Malufista roxo, vontade era só a dele.
Quando voltei de São Paulo, onde permaneci por mais de vinte anos, comecei a fazer parte da Corporação Musical São-Miguelense e a elaborar o estatuto da Associação Casa do Sertanista, esta a primeira entidade privada registrada na cidade.
Numa reunião da primeira entidade, certa vez, Braz da Banda e eu conseguimos juntar mais de cem estudantes para criarmos uma banda lira em São Miguel Arcanjo.
Fomos elogiados em nosso esforço até na Câmara Municipal, através da vereadora Rosa.
E fomos então palestrar com o Zaga que estava no seu segundo mandato como prefeito.
Papo vai, papo vem, e ele acabou confessando que poderia, sim, ajudar nosso projeto, pois devia um favor ao professor Robertinho e ele deveria ser o regente-instrutor. Nessa época, o professor vendia bolinhos para sobreviver.
Levamos uma relação do que precisávamos para as aulas que seriam ministradas no Centro Comunitário "Adelina Prandini Ribas" e ficamos contentíssimos em saber do "já contratado" professor com o qual Zaga se entendeu.
Passaram-se os dias.
Veio a aula inaugural.
Fomos lá, o Braz, eu, o Anorim, que era presidente da Corporação Musical, a Maria Perpétua e algumas outras pessoas as quais não consigo me lembrar.
O que aconteceu?
O professor Robertinho se achegou a nós e disse:
- O Zaga disse que não são bem-vindos aqui o Anorim e a Luiza Válio.
Fizemos a vontade do então prefeito, pois a nós só interessava criarmos uma banda lira em São Miguel, cidade que sempre primou em apresentar-se pela região sempre com a própria banda.
Mais tarde, as crianças foram se afastando, porque de repente foi faltando material para trabalhar.
Dos 115 alunos, sobraram 8 que acabaram sendo usados na formação de uma bandinha, enfim.
Mas o que não dá para esquecer, e sempre o saudoso Alcides de Mattos me cobrava, era o caso da imagem da Santa Cecília, padroeira dos músicos, a qual foi presenteada à Corporação pelo saudoso padre Francisco Ribeiro.
A mandado de alguém, a imagem que sempre permanecia no Centro Comunitário foi toda quebrada; não restou nem caco para contar a história.
Os dois funcionários do Zaga que fizeram o serviço já morreram.
Uma hora eu conto quem foram os dois, aliás, os três.

OBS: No último dia 03 de abril, o moço que veio de Itararé e se casou com uma das moças mais bonitas e ricas da cidade de São Miguel Arcanjo, completou 77 anos de vida.
Saúde, ZAGA!

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