SAUDADES!

Num dia como o de hoje, em 2002, aos 68 anos de idade, nossa mãe foi morar em outra dimensão.

Foi assim como um passarinho, como um anjo, como uma guerreira que terminava sua missão junto a este plano.

Dezenove anos se passaram e jamais nos esquecemos dela, do que ela gostava ou do que não gostava.

Gostava de flores, principalmente rosas e folhagens coloridas.

Não gostava era de cuidar de neto; jamais se entregaria a esse ofício como tantas avós de hoje são obrigadas.

Por que não gostava?

Porque se cuidasse de netos teria que ser do seu jeito, usando até uma varinha mágica, se possível.

E daí seria uma briga na certa com a família do seu filho ou da sua filha.

Nossa mãe estava certa em tudo.

Nos amava de uma forma que só ela sabia amar.

E a gente correspondia do mesmo jeito, sem arroubos, sem carinhos exagerados, mansamente.

Obrigada, mãe, por nos ter cuidado como você nos cuidou, aliás, como deveríamos mesmo ter sido cuidados!

SAUDOSAMENTE!