segunda-feira, 20 de junho de 2022

UM EPISÓDIO REAL


Quando meu filhão tinha lá seus 4, 5 anos, gostava de visitar o Sítio Bom Retiro, do seu avô, no período das férias.
Para fazer o que?
Para não assustar as vacas que pastavam pela invernada, nem as seriemas que cantavam pela pradaria, ele ia pra bem longe a fim de gritar.
Como ele me dizia, era gostoso demais!
Nessa época, morando em São Paulo, com certeza os gritos serviam para mandar o estresse pra casa do chapéu.
Ninguém ouvia seus gritos, mesmo porque só havia a casa do meu pai em meio a 250 alqueires de mata e plantação de milho, feijão, arroz, cebola e algumas hortaliças.
Mas o que acontece num templo evangélico que existe na Rua 29 de Setembro é feio pra burro.
Tem dias que a pastora grita tanto que parece que está apanhando de vara de marmelo, coisa que meu filhão jamais levou na vida, embora minha mãe, sua avó, lhe mostrasse sempre que demorava ir para dentro tomar banho.
Se o gozo de gritar para Deus se parece com os gritos de uma criança estressada, então as igrejas evangélicas deveriam ter seus templos no meio do mato.
NÉ?



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