Tantas estórias ou histórias , eu ouvi em criança , qdo morávamos próximo ao Rio das Almas.
Denominou-se Rio das Almas, pelas mortes que aconteceram nas suas margens.
Fomos morar nesse lugar em 1949, eu tinha 03 anos de idade.
Um certo dia, arando o terreno do outro lado da estradinha, meu pai encontrou ( toda enferrujada) uma granada .
Na vendinha que meu pai tinha na sala da nossa casa, fui ouvindo os causos que os moradores mais antigos contavam. Sobre um caminhão com labaredas passando em altas horas, era o mais comum. O pior é que se um tinha visto, aparecia outro q tb tinha visto e as horas sempre coincidiam.
Numa certa noite, o caminhão parou na porteira, o motorista desceu do caminhão, abriu a porteira assobiando, passou o caminhão e parou em frente à casinha de barro , coberta de sapê. Entrou na sala, batendo os pés( parecia estar de botas) e fazendo “ chamada” .
Um dos nomes era Daniel. A pessoa dura, gelada numa cama improvisada, era a minha mãe , que tinha 23 anos na época.
Meu pai tinha ido fazer compras para a venda, em Capão Bonito e perdeu o único horário de jardineira q havia na época. Cedinho, puxando pelas minhas mãos, uma sacola de roupas, saímos pela estrada. Tínhamos q caminhar 8km até a estrada principal , onde passava a jardineira. No meio do caminho, paramos pedir água na casa de um senhor chamado Antonio. Indagou e ouviu o que minha mãe contou.
Ele disse: - Eu abri a janela e vi o caminhão passar com labaredas , nesse horário q a Senhora conta. Foi lá pro seu lado. Em resumo, fomos parar no Bairro da Boa Vista, casa dos meus avós.
Deu um duro danado meu pai convencer minha mãe para voltar. Ouvi tantas vezes q acabei acreditando.
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