quinta-feira, 10 de novembro de 2022

INSTITUTO BUTANTAN


O Instituto Butantan, para quem não sabe, é um dos maiores centros de pesquisa biomédica do mundo, responsável por mais de 93% do total de soros e vacinas produzidas no Brasil, entre elas, vacina contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza sazonal e H1N1. 
Em relação à sua origem, conforme informações obtidas em seu site: “Um surto de peste bubônica que se propagava no porto do Santos em 1889, levou o governo a adquirir a Fazenda Butantan para instalar um laboratório de produção de soro antipestoso, vinculado ao Instituto Bacteriológico (atual Adolpho Lutz). Esse laboratório foi reconhecido como instituição autônoma em fevereiro de 1901, sob a denominação de Instituto Serumtherápico, sendo designado para primeiro diretor, Vital Brazil Mineiro da Campanha, médico voltado para problemas de saúde pública. Graças ao idealismo de Vital Brazil, que além da produção de soros e vacinas, também se preocupava em desenvolver pesquisas, o Instituto tornou-se internacionalmente reconhecido. Em 1914 foi inaugurado o prédio principal, com as condições necessárias para abrigar os laboratórios, em torno dos quais cresceu uma instituição que combina pesquisa e produção.”
O Instituto Butantan, assim como outras organizações institucionais, tais como os institutos Bacteriológico e Pasteur, antecederam à criação da Faculdade de Medicina de São Paulo, fundada apenas em 1912. Tais instituições, criados entre os anos de 1982 e 1903, deram um enorme contribuição para a autonomia dos serviços estaduais de saúde pública, no Estado de São Paulo.
Em maio de 1918, por ocasião da inauguração do Horto Botânico Oswaldo Cruz, o Instituto Butantan recebeu a ilustre visita do presidente da República, o senhor Wenceslau Braz, bem como a presença de um embaixador inglês (Maurice Bunsen), que estava em visita ao Brasil naquele momento. Estiveram presentes também por lá os senhores secretários do Estado: Cardoso de Almeida, Eloy Chaves, Cândido Mota e, obviamente, o seu diretor, o Dr, Vital Brasil, entre outras importantes figuras da elite paulista.
As imagens, a seguir, referem-se a este momento histórico, e foram publicadas numa edição de maio de 1918 na prestigiada revista “A Cigarra”, atualmente disponibilizada pelo excelente site do Arquivo Público do Estado de São Paulo, em formato digital. Sem dúvidas, imagens históricas dessa importantíssima instituição pública, que sempre prestou um maravilhoso trabalho à população brasileira.



Em cima: A comitiva oficial percorrendo as dependências do Instituto Butantan; no meio: O grande pavilhão inaugurado à época, onde funcionavam os novos e modernos maquinários para momento; em baixo: Vista do Horto Botânico, que acabara de ser inaugurado e onde se cultivavam as mais belas e variadas plantas medicinais, em 1918.



Funcionárias que à época trabalhavam na Seção de Produtos Opoterápicos, para a preparação de soros e outros artigos farmacêuticos, em 1918.



Vê-se os senhores: Altino Arantes, governador do Estado de São Paulo; os secretários: Oscar Rodrigues Alves, Cardoso de Almeida, Eloy Chaves e Cândido Mota; vê-se também Artur Neiva, diretor do serviço sanitário, dentre políticos, médicos e outros, em 1918.



Vê-se o embaixador inglês, o senhor Maurice Bunsen, e sua comitiva, apreciando as cobras no serpentário do Instituto Butantan, em 1918.



Em cima: O presidente da República Wenceslau Braz e sua comitiva em visita ao Instituto Butantan; no meio: O Dr. Vital Brasil, na época o diretor do Instituto, mostrando ao presidente como se tira o veneno da cobra; em baixo: Wenceslau Braz e sua comitiva observando as cobras no serpentário, em 1918.



Em cima: A estufa do Horto, que acabara de ser inaugurada; no meio: Novo gerador de força e luz; em baixo: Máquinas para a fabricação de comprimidos, pastilhas, pílulas etc., em 1918.
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Fonte:
Revista "A Cigarra", edição de maio de 1918, disponível digitalmente no site do Arquivo Público do Estado de São Paulo
Escrito ou postado por: Iba Mendes.

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