Quando o José França ganhou a eleição em São Miguel Arcanjo, década de 1970, e meu pai também era candidato, o povo da cidade se armou em carreata, com bandeiras, paus e pedras, soltando uivos à derrota do Gijo Válio.
Inclusive algumas pedras quebraram janelas da casa onde morávamos, que não existe mais, mas ficava ali onde hoje existe uma revenda de autos, em frente ao ponto de taxi central.
Gijo Válio era gente civilizada; José França também não gostara do que seus correligionários fizeram.
Através do jornal da época, "Folha de São Miguel Arcanjo" Gijo Válio felicitou ao França e este agradeceu ao seu opositor.
Claro que as janelas foram consertadas e se houvesse alguém ferido José França trataria de ajudar.
Embora não fosse político, José França fez um bom governo.
E fez história: quando não havia como levar doentes para serem tratados em outros municípios, ele mesmo dirigia a ambulância.
Além do que ele sempre trazia junto de si, no carro, uma enxada para quando faltasse alguma nos serviços que aconteciam pelas estradas de terra vicinais.
Bom descanso, José França!
Bom descanso, meu pai!
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