quarta-feira, 9 de novembro de 2022

TEXTO DE AYR ANTUNES:



Enquanto no Brasil “tietes” do Bolsonaro vão trancar rodovias tentando uma ridícula intervenção militar, algo que faz rir o resto do mundo, agora a imprensa do âmbito internacional tem saudado o Brasil como país vitorioso por ter resgatado Lula. Para nós é estranho o Bolsonaro gerir empatia para uma legião de adoradores uma vez que ele, em seus anos de presidente, não conseguiu qualquer abertura no mercado internacional, foi um zero à esquerda em termos diplomáticos e econômicos, não gerou qualquer empatia sequer entre as principais lideranças mundiais, aliás, nem ao menos entre as consideradas menores. 
Com Israel, por exemplo, vive fazendo média sem motivo. Sua esposa, a Michele, tanto cultua Israel que foi votar com uma camiseta que exalta aquele país , não dá para entender, aliás a própria comunidade israelita no Brasil não vê isso com bons olhos, muito pelo contrário. 
O bolsonarismo tem fortes lampejos do nazismo, o regime que matou seis milhões de judeus nos campos de concentração durante a II Guerra Mundial. 
Bolsonaro talvez seja o brasileiro que em toda a história foi o mais ridicularizado na imprensa mundial, caçoado na televisão da Europa e dos Estados Unidos, chargeado como o porta-voz de Hitler no hemisfério sul, criticado por causa do desmate da Amazônia, pela chacina de índios, pelas suas verborragias racistas, aporofóbicas, xenófobas, homofóbicas, misóginas e também pelo seu declarado estímulo à violência. 
Por outro lado, jornais como New York Times, The Guardian, The Financial Times, Süddeutsche Zeitung, entre tantos outros, inclusive a revista científica Nature, não economizaram páginas para saudar o retorno de Lula, “o cara!”, como disse Barack Obama.

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