Prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, confirma plano golpista de Bolsonaro
Por Redação Ucho.Info
-9 de agosto de 2023
Durante a campanha presidencial de 2018, o UCHO.INFO afirmou inúmeras vezes que Jair Bolsonaro, se eleito, em algum momento tentaria dar um “cavalo de pau” na democracia. Os últimos acontecimentos confirmam o plano golpista do pior presidente da República de todos os tempos. O mais recente acontecimento que comprova a nossa tese é a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques.
À época, a turba de apoiadores de Bolsonaro nos atacou de forma torpe e covarde, ação que perdurou até o último dia do mandato do golpista de plantão. O mais recente acontecimento que comprova a nossa tese é a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Muito estranhamente, agora, diante de diante de tantas evidências do golpismo bolsonarista, nossos detratores estão calados.
Nesta quarta-feira (9), a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Constituição Cidadã, cujo objetivo é investigar possíveis ações de agentes públicos para interferir no processo eleitoral do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Silvinei foi preso.
De acordo com as investigações da PF, integrantes da PRF teriam feito bloqueios em estradas da Região Nordeste para dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022.
“Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à Região Nordeste do país”, explicou a PF, em nota.
Estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. Os mandados foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A operação conta ainda com o apoio da Corregedoria-Geral da PRF, que determinou a coleta de depoimento de 47 policiais rodoviários federais.
“Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro”, diz a nota.
A PF informou ainda que o nome da operação – Constituição Cidadã – é uma referência à Constituição Brasileira, promulgada em 1988. Nela, estão expressos os direitos dos cidadãos, entre eles o direito ao voto, “maior representação da democracia”.
Em junho, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro, no Congresso, Vasques negou qualquer plano para impedir eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste de votarem no segundo turno das eleições no ano passado.
Em nota, a PRF informou que o seu corregedor-geral, Vinícius Behrmann, acompanha a operação, desde o início da manhã, na sede da PF, em Brasília, e que a corporação colabora com as autoridades que investigam as denúncias de interferência, “com o fornecimento de dados referentes ao trabalho da instituição, como o número de veículos fiscalizados e multas aplicadas nas rodovias federais”.
Paralelamente às investigações no STF, foram abertos três processos administrativos disciplinares, no âmbito da PRF, para apurar a conduta do ex-diretor-geral. Os procedimentos foram encaminhados à Controladoria-Geral da União (CGU), órgão com competência para apurar a conduta de Silvinei Vasques.
(Com ABr)
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