sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

ESTADÃO E O CARNAVAL: GRANDE ACERVO!


1ª escola de samba da cidade surgiu na Pompeia
Primeiras agremiações surgiram em bairros operários; primeiro desfile levou 30 pessoas
07 de fevereiro de 2013
Liz Batista


Desfile de carros alegóricos na Lapa, populares nas década de 20 e 30
Foto:Acervo/ Estadão

No princípio eram os blocos, que a cada ano cresciam mais, assim como a paixão do brasileiro pela festa de fevereiro. Para organizar a farra, um cordão veio isolar o grupo de foliões que passaram a sintonizar suas fantasias em torno de um tema. E desses primeiros grupos de fantasiados começavam a nascer as escolas de samba. 
Em São Paulo, os bairros operários no centro e na zona oeste podem ser considerados o berço das primeiras agremiações. Na Pompeia surgiu a primeira, a Escola de Samba Primeira de São Paulo, que se diferenciava das demais organizações por honrar sua denominação, só tocava samba, enquanto as outras tocavam marchinhas, polcas e até valsa. 
Levando as cores vermelha, preta e branca, cerca de 30 pessoas desfilaram pela Primeira, na Praça do Patriarca, em 31 de dezembro de 1935. Em 8 de dezembro daquele ano, o Estadoinformava sobre os preparativos para “um grande desfile nas ruas, formado por clubs carnavalescos, cordões, blocos e escolas de samba.” O carnaval seguinte prometia.
O Estado de S.Paulo 08/12/1935


Em 1937, foi a vez do Brás fundar sua agremiação, a mais antiga agremiação em atividade, a Sociedade Recreativa Beneficente Escola de Samba Lavapés. Outros bairros, também na década de 1930, renderam-se ao samba e ao apelo lúdico das fantasias. Na Bela Vista nasceu a Vai-Vai; na Barra Funda, a Camisa Verde e Branca.
O Estado de S.Paulo, 16/02/1938


O carnaval paulistano começava a ganhar traços históricos das transformações sociais. Ficava no passado o tradicional corso da Paulista, febre da década de 1910 até os anos 1920, com refinados carros decorados, onde famílias da aristocracia cafeeira brincavam enquanto o povo assistia ao desfile das calçadas. A década de 1930 abriu alas para a festa da população operária, imigrante, negra, que por meio do samba desfilou a nova identidade paulistana.


Carnaval na avenida Paulista, década de 20
Foto:Acervo/ Estadão

A década de 1930 abriu alas para a festa da população operária, imigrante, negra, que por meio do samba desfilou a nova identidade paulistana.

Foliões brincam no carnaval de rua, década de 20
Foto:Acervo/ Estadão

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