sábado, 16 de março de 2013

HAVIA UM INGAZEIRO NO SÍTIO BOM RETIRO.




Se não estivermos enganados, parece que no campus da USP existe uma árvore dessas.
O ingazeiro apresenta seu fruto, o ingá, que é composto de sementes, dentro de vagens embebidas numa substância branca e aquosa. O nome tem origem indígena por justamente denominar esse líquido que embebe e ensopa as sementes dentro da vagem. 
O ingazeiro lembra nossos dias de criança, quando residíamos com nossos pais no Sítio Bom Retiro, a dois ou três quilômetros da cidade de São Miguel Arcanjo.
Havia um exemplar de ingazeiro bem no meio da invernada, contrariando a afirmativa de que a planta não gosta de terrenos secos.
Era uma árvore bastante frondosa e o gado costumava descansar debaixo de sua sombra ou esconder-se de algum temporal desavisado.
Toda manhã, quando recolhíamos as vacas para serem ordenhadas no curral próximo dali,  a maioria estava dormindo debaixo do ingazeiro.
Uma vez fizemos um balanço de corda amarrado num dos seus galhos, mas não o utilizamos por muito tempo.
É que dessa forma ficávamos meio distantes das vistas de nossa mãe, e isso era inadmissível! 
Nosso saudoso pai dizia que essa planta era muito usada na medicina caseira de antigamente: curava bronquite e até auxiliava na cicatrização de feridas.
Se ainda existe essa árvore, não sabemos, porque o sítio já não nos pertence. Sequer imaginamos se em nosso município haverá algum outro exemplar.
Oxalá o atual proprietário do Sítio Bom Retiro tenha conservado a árvore no mesmo lugar. 

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