Realmente, o caipira não é mais aquele.
Ainda mais sendo filho de lavrador.
Seria culpa da televisão?
Hoje, o caipira quer dizer logo adeus à enxada, quer fugir das intempéries, esquecer do cheiro dos currais, morar em cidade grande, viver numa casa com piscina e carro na porta, usar roupas de marca, utilizar todo tipo de droga, fazer orgias pelas madrugadas assim como os jogadores de futebol e os artistas da TV.
Ele quer tudo isso e mais: dinheiro entrando fácil pelo bolso; ser reconhecido nos lugares onde comparece; namorar todos; aparecer na televisão...
Virou inclusivo.
Seria culpa da televisão?
O caipira aprendeu a mexer até com computador.
Tem página no facebook.
Arrumou centenas de "amigos" pelo mundo inteiro.
Sabe jogar "online".
É capaz de manter relacionamentos com quaisquer pessoas.
Pode ser até do mesmo sexo; que importância tem isso?
Também não importa a formação: desde analfabetos, até professor e jornalista, contanto que lhe mostrem o maravilhoso caminho do mundo e da vida como jamais imaginou.
Sem limite de idade.
Se for "de menor", sabe que não haverá restrições do outro lado da linha: problema de cada um, ora!
O caipira saiu do estágio letárgico para o estágio letal.
Nesse rodopio - vejam só! -, aprendeu as regras do jogo, da sedução e da morte.
Azar de quem lhe cair na rede!
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