No início da noite desta terça-feira (24) os integrantes do Movimento Social do Campo (MSC) desocuparam a fazenda Pouso Alegre, no bairro da Ponte Alta, que estava ocupada por cerca de 70 famílias sem-terra desde sexta-feira (leia aqui).
Eles alegavam que a propriedade estava com documentação irregular e o objetivo era forçar o INCRA a desapropriar a área, promover a reforma agrária e assentar as famílias dos trabalhadores sem-terra.
À reportagem do Pilar News, Margarida Soares, líder do movimento, disse que, após ocuparem a fazenda e realizar as vistorias necessárias, concluíram que grande parte da área é de mata nativa e de preservação permanente, não sendo possível, pelas regras do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), um assentamento no local, já que apenas 35 alqueires são de área livre.
“O proprietário foi muito educado conosco e estava até disposto a negociar. Parabenizou-nos pela forma que conduzimos a ocupação, sem desordem e depredação do patrimônio e, por conta do bom diálogo e pela impossibilidade de implantar uma reforma agrária no local, decidimos sair, espontaneamente”, disse a Margarida.
Segundo apurou nossa reportagem, o herdeiro proprietário da fazenda ainda não tinha ingressado com o pedido de reintegração de posse na Justiça e a saída dos sem-terra foi de forma pacífica e espontânea.
“Agradecemos a Polícia Militar pela forma respeitosa que nos tratou. A Prefeitura, que se dispôs a ajudar, e outros que prestaram sua solidariedade conosco e com nossa causa”, disse a líder do MSC.
Foto: Divulgação.
DO BLOG DO SÉRGIO SANTOS
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