POSTAGEM DO DIA 22/02/2019:
Como apoiador de Bolsonaro de primeira hora, batendo de frente com 90% da classe artística e intelectual, apoiadores da esquerda, sinto-me no direito de discordar, quando achar necessário, de atos do novo governo.
Este blog é meu, não dou direito de resposta como no facebook, onde estou sendo censurado pela esquerda e fanáticos de direita.
Em menos de dois meses a equipe competente de Bolsonaro fez muito mais que os 16 anos do assalto lulopetista.
Os dois recentes pacotes, da Previdência e Contra o Crime, chegaram céleres ao congresso, sendo que o da Previdência, não poupa os políticos dos mesmos encargos reservados à maioria da população.
Dito isto, continuo achando que Carlos Bolsonaro afastou do pai o seu melhor amigo. E tudo por ego e questões pessoais. Não sou amigo de Bebianno, não privo de sua intimidade, mas uma mera interpretação de texto - com o presidente ainda sob o efeito de uma operação delicadíssima, com duração de mais de 7 horas -, não era o momento para Carlos expor seu pai e o ex-ministro, num escândalo midiático sem necessidade.
Nenhum raciocínio desapaixonado deixará de observar inúmeras contradições na demissão de Bebianno.
A mais gritante: segundo o filho e o próprio presidente, Bebianno mentiu quando afirmou que falara com Bolsonaro por três vezes. A divulgação das gravações prova exatamente o contrário.
Bebianno foi acusado de ser traidor, de vazar conversas, e de ser responsável pelo escândalo das laranjas eleitorais.
Muito bem: um dia após sua demissão, outro vazamento é registrado de uma conversa de Bolsonaro e Onix, chefe da Casa Civil.
Repito: Bebianno não era mais ministro.
Bolsonaro acusa o ex-ministro de receber em palácio um dirigente das Organizações Globo.
Ora, a entrevista, como todas, constava da agenda pública na Internet. Era só acessar. Nada foi de "foro íntimo" de Bebianno.
Outra revelação: começa a ficar em evidência que o ministro do Turismo é o verdadeiro responsável pela distribuição das laranjas eleitorais.
Até agora Bolsonaro o mantém no cargo, mesmo com o testemunho de uma mulher que se refugiou em Portugal e confirma a irregularidade.
Ou seja: a reputação de um homem que dedicou-se desde o começo da campanha a ajudar de todas as formas o então candidato Bolsonaro - inclusive como advogado sem cobrar qualquer honorário -, é destruída por uma questão puramente pessoal do filho mimado do presidente.
E, o assustador, é ver, nas redes, a continuidade do massacre de reputação, sem que ninguém se disponha a analisar, sem fanatismo, a absurda injustiça cometida contra o melhor amigo do capitão.
E A ÚLTIMA POSTAGEM, AOS 07/05/2019:
Tentáculos. É sobre essa imagem que me remete a esquerda. Tentáculos. Agarram-se às pedras ideológicas, de vários matizes. Ou, como ostras. Secularmente entranhadas às pedras - essas inofensivas.
O que faço, as 5 horas da madrugada, visualizando um inacreditável polvo.
Na ponta de cada tentáculo, surgem rostos: Stalin, Lenin, Fidel, Chaves, Guevara, Lula, Maduro; sugando a história, e adaptando-a ao vetusto mantra que começou, lá atrás, muito antes da Escola de Frankfurt.
Em pouco mais de três meses do novo governo, o polvo já ocupou todos os espaços.
Defenestrar Bolsonaro: a palavra de ordem distribuída por cada tentáculo.
Em pouco mais de três meses, o abominável capitão, já destruiu a floresta Amazônica, assassinou várias tribos de inocentes indígenas, carbonizou o sofisticado sistema educacional, acabou com a Petrobras, e, foi humilhado por um prefeito da mais democrática cidade do mundo.
Claro: como receber um nazista, homofóbico, racista, ainda que nenhum desses adjetivos tenham o aval da verdade.
Bolsonaro, sem dúvida, não é exatamente um diplomata no vernáculo.
Dá, seguidamente, "caneladas verbais."
Mas seu, ainda, desorganizado governo, ostenta uma dado inédito em comparação aos anteriores - nenhum caso de corrupção foi detectado em sua administração. Ora, e o que importa este reles dado para justificar um nazista, homofóbico, racista?
Os tentáculos já estabeleceram o fluido narrativo. E, que não se alegue que "somente" após os três meses e pouco, que o inacreditável polvo ideológico começou sua indômita batalha. Não.
Nos primeiros minutos após a posse, Bolsonaro já era o fracasso anunciado, na mais desenvolvida civilização do trópicos.
Eu vi.
Numa manifestação de estudantes secundários, protestando contra o "corte" de verbas para a educação, um cartaz, ao fundo, mais perfeitamente legível: NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA!
Ora, por quem sois...
Do site oficial do ator Carlos Vereza: "Nas Veredas do Vereza".
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