quinta-feira, 3 de outubro de 2019

O PORTE DE ARMAS TRAZ MAIS SEGURANÇA?


O Presidente da República levantou muitas discussões, nos últimos meses, ao editar um decreto que flexibilizava o porte de armas e revogá-lo depois. Ainda assim, o tema do porte de armas permanece na agenda do governo. E se o porte de armas fosse liberado, o que mudaria?
Pensando em esclarecer as dúvidas sobre a flexibilização do porte de armas, convidamos o tenente coronel da reserva da Polícia Militar de São Paulo e mestre em direitos humanos pela USP, Adilson Paes, para essa edição do Jusbrasil Entrevista.
No bate-papo, nossos entrevistadores questionam Adilson sobre o que poderia mudar com o decreto, a razão para a sociedade ver no porte de armas uma solução para a violência, e a lógica dessa flexibilização. Além disso o convidado cita alguns casos internacionais, como Estados Unidos e Noruega.
Ficou interessado? Confira a entrevista para saber mais sobre a opinião de Adilson!

Apesar de revogar o decreto do qual falamos na entrevista, o presidente da República, Jair Bolsonaro, aprovou a Lei 13.870/19 que autoriza o produtor rural – que tenha posse de arma de fogo – a andar armado em toda a extensão de sua propriedade rural. Antes a autorização valia apenas para a sede da propriedade.
Veja a opinião de Adilson Paes sobre as últimas mudanças:
"O fato de estender o porte de arma para toda a propriedade rural poderá causar sérios problemas. Primeiro porque creio que haverá uma militarização do campo com grupos de pessoas armadas com o pretexto de produzir segurança. Creio que haverá mais tensão e mais insegurança, além do que creio que populações indígenas , quilombolas e pessoas de assentamentos poderão ser alvo destas ações com o argumento de que eles são os invasores. Creio que teremos a formação de forças paramilitares nas áreas rurais e assim creio que buscou-se privilegiar a propriedade privada em detrimento da vida humana."

In Jusbrasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário