ORIGEM DA CORRUPÇÃO
A corrupção ou inclinação para ser corrupto ou corruptor, é um dos ingredientes da natureza humana,
acionado pelo egoísmo que por sua vez, aciona a ambição, ambos são muito dinâmicos. Logo, a
corrupção e seus terríveis efeitos também o são. Aliás, tudo no universo é dinâmico, nada é estático; cujo
comportamento pode aumentar ou diminuir, segundo as instituições e as regras estatais; partindo do
princípio de que o Estado representa as instituições de forma globalizada.
Daí a importância do Estado
ser forte.
Haja vista que nos países em que o Estado é estruturado com elevados conceitos éticos e poder
de polícia sempre vigilante, a corrupção é mínima e o espírito de cidadania desses povos é mais voltado
para o bem comum e para o saber.
Por conseguinte, com a devida venia a Jean-Jacques Rousseau, a
sociedade ou o Estado, quando bons, não corrompem o homem, ao contrário: o engrandece.
A origem da corrupção e da violência é um tema relevante, com raízes em todos os campos de
estudos, particularmente no âmbito da sociologia; da antropologia e da psicologia; clamando por uma
revisão das origens e repensamento da ética.
O combate à praga da corrupção, em geral, se cinge aos seus efeitos periféricos, sem atingir suas
causas mais profundas. Ocorre que o ser humano apesar de ser corrupto e violento por sua própria
natureza, é bastante sensível aos reflexos condicionados; portanto, receptivo aos bons ensinamentos.
Assim, o Estado é o principal responsável pela corrupção e pela violência, cabendo-lhe coibir ou
punir os corruptos, exemplarmente, inclusive com pena de morte, se for o caso.
Está mais do que
provado que a impunidade incentiva ao crime, sobretudo aos crimes bárbaros ou hediondos.
O medo de
morrer ou de ser punido com a pena de morte, é o que mais apavora o homem. Se bem que, em tese,
todos nós estamos condenados à pena de morte, pela lei natural, já que a morte é inexorável.
O ser humano possui dentro de si, o seguinte:
1. O verme da corrupção e da violência;
2. A bondade preconizada por Jesus Cristo e por outros humanistas;
3. Um toque de sabedoria e de intuição;
4. Uma fagulha de divindade;
5. A inteligência do instinto;
6. Uma ponta de perversidade;
7. A malícia do gato;
8. O veneno da cobra;
9. A vaidade do pavão;
10. A agressividade dos felinos ou felídeos;
11. Uma pitada da inspiração dos profetas ou dos mestres;
12. Uma pinta de loucura; etc.
Qualquer um desses valores, dependendo das circunstâncias, poderá se sobrepor aos demais, para
o bem ou para o mal.
Transcrito do livro Corrupção no Brasil - Repensando a Ética, de Antenor Batista.
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