quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

TODOS SOMOS CORRUPTOS

ORIGEM DA CORRUPÇÃO
A corrupção ou inclinação para ser corrupto ou corruptor, é um dos ingredientes da natureza humana, 
acionado pelo egoísmo que por sua vez, aciona a ambição, ambos são muito dinâmicos. Logo, a 
corrupção e seus terríveis efeitos também o são. Aliás, tudo no universo é dinâmico, nada é estático; cujo 
comportamento pode aumentar ou diminuir, segundo as instituições e as regras estatais; partindo do 
princípio de que o Estado representa as instituições de forma globalizada. 
Daí a importância do Estado 
ser forte. 
Haja vista que nos países em que o Estado é estruturado com elevados conceitos éticos e poder 
de polícia sempre vigilante, a corrupção é mínima e o espírito de cidadania desses povos é mais voltado 
para o bem comum e para o saber. 
Por conseguinte, com a devida venia a Jean-Jacques Rousseau, a 
sociedade ou o Estado, quando bons, não corrompem o homem, ao contrário: o engrandece.
A origem da corrupção e da violência é um tema relevante, com raízes em todos os campos de 
estudos, particularmente no âmbito da sociologia; da antropologia e da psicologia; clamando por uma 
revisão das origens e repensamento da ética.
O combate à praga da corrupção, em geral, se cinge aos seus efeitos periféricos, sem atingir suas 
causas mais profundas. Ocorre que o ser humano apesar de ser corrupto e violento por sua própria 
natureza, é bastante sensível aos reflexos condicionados; portanto, receptivo aos bons ensinamentos.
Assim, o Estado é o principal responsável pela corrupção e pela violência, cabendo-lhe coibir ou 
punir os corruptos, exemplarmente, inclusive com pena de morte, se for o caso. 
Está mais do que 
provado que a impunidade incentiva ao crime, sobretudo aos crimes bárbaros ou hediondos. 
O medo de 
morrer ou de ser punido com a pena de morte, é o que mais apavora o homem. Se bem que, em tese, 
todos nós estamos condenados à pena de morte, pela lei natural, já que a morte é inexorável.
O ser humano possui dentro de si, o seguinte:
1. O verme da corrupção e da violência;
2. A bondade preconizada por Jesus Cristo e por outros humanistas;
3. Um toque de sabedoria e de intuição;
4. Uma fagulha de divindade;
5. A inteligência do instinto;
6. Uma ponta de perversidade;
7. A malícia do gato;
8. O veneno da cobra;
9. A vaidade do pavão;
10. A agressividade dos felinos ou felídeos;
11. Uma pitada da inspiração dos profetas ou dos mestres;
12. Uma pinta de loucura; etc.

Qualquer um desses valores, dependendo das circunstâncias, poderá se sobrepor aos demais, para 
o bem ou para o mal.

Transcrito do livro Corrupção no Brasil - Repensando a Ética, de Antenor Batista.

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