ESTE BLOGUE NASCEU EM FEV/2012 SOB A PROTEÇÃO DA SENHORA APARECIDA, DE BOM JESUS DE IGUAPE, DE SÃO GERALDO MAGELA E DE SÃO MIGUEL, QUE TAMBÉM PROTEGEM MEU FILHÃO E CONHECIDOS(AS).
terça-feira, 30 de junho de 2020
O CACHORRO DO BOZO
Nos últimos dias, um novo membro da família Bolsonaro ganhou bastante fama nas redes sociais, mas os seus dias no Palácio do Planalto já estão contados.
Isso porque o sucesso do cachorro nomeado Augusto, adotado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, fez com que os seus donos o encontrassem.
Yahoo.
A CACHORRA DO LULA
Essa cachorrinha faz parte da família. Ela ficou 580 dias lá na Vigília, em Curitiba, sofrendo, dormindo no frio, passando necessidade. Depois a Janja levou ela para casa, cuidou dela. Agora ela está aqui comigo em São Bernardo. O nome dela é Resistência.
Foto: Ricardo Stuckert.
- Até hoje, ninguém a procurou.
- Até hoje, ninguém a procurou.
ACERCA DA LAVA JATO
1 - A Lava Jato tem papel timbrado, assessoria de imprensa, diárias e benefícios exclusivos e se concedeu prerrogativas até de representar o Estado em acordos internacionais.
Criou práticas estranhas a CF, delatores passaram e ser remunerados, escolhia escritórios de advocacia...
2 - e tudo isso foi aceito pelo juiz Sérgio Moro e turbinado pela mídia.
Os Golden Boys passaram a ganhar muito dinheiro com cursos e palestras e suas parcerias com ONGS e ‘movimentos’ mostraram sempre um enorme apetite por poder e influência, muito além do que a lei permite....
3 - era um ‘mal necessário’ diziam alguns. Retirar @LulaOficial do cenário eleitoral em 2018 e abrir o mercado do Pré Sal para os interesses internacionais, justificavam a condescendência excessiva com os ‘jovens’ procuradores de ternos bem cortados e bochechas rosadas ..
4 - muitas vezes alertamos em vão a PGR e o CNMP sobre o que estava acontecendo.
Dezenas de representações arquivadas sem investigação.
Agora diante de fatos desconhecidos sobre as práticas da Lava Jato tornarem-se públicas um frisson toma conta dos ‘rapazes’.
Por que ??
Paulo Pimenta, deputado do PT e presidente do PT no Rio Grande do Sul.
POLÍTICA, UMA GRANDE BOBAGEM PARA DATENA!
O jornalista José Luiz Datena, filiado ao MDB, deu “bom dia” aos seus ouvintes na Rádio Bandeirantes às 10h desta terça-feira, 30.
Com isso, ele desiste oficialmente de concorrer nas eleições municipais deste ano.
Isso porque, caso quisesse disputar o cargo de prefeito ou de vice-prefeito de São Paulo, como chegou a cogitar, ele teria que encerrar suas atividades no rádio e na televisão até ontem, prazo final estipulado pelas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Revista ISTOÉ.
MUITO BEM!
Celso de Mello é escolhido relator do pedido de retorno do caso das “rachadinhas” à primeira instância.
Por Redação Ucho.Info/30 de junho de 2020.
Se na política existe o chamado “inferno astral”, a família Bolsonaro, incluindo o presidente da República, precisa urgentemente encontrar uma benzedeira eficiente.
Isso porque um pedido feito pela Rede Sustentabilidade ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a ação envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) seja devolvida à primeira instância do Judiciário fluminense teve sorteado como relator o ministro Celso de Mello, conhecido por seu rigor ao aplicar a legislação vigente no País.
A mencionada ação investiga o escândalo das “rachadinhas” e já mandou para a prisão o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, responsável pela criminosa operação que teve lugar no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
A Rede ingressou com pedido no STF após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) decidir, na última quinta-feira (25), que a competência para julgar o senador é do Órgão Especial da Corte. Além do partido, o Ministério Público fluminense também solicitou ao Supremo o retorno da investigação retorne à primeira instância, onde estava sob o comando do juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal.
No pedido protocolado no STF, o MP fluminense usou como base uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello em reclamação apresentada em 2019 pela defesa de Flávio Bolsonaro, na qual os advogados requerem que o caso envolvendo Fabrício Queiroz fosse remetido ao Supremo. À época, Marco Aurélio decidiu que a investigação deveria tramitar na primeira instância.
Em 2018, o Supremo decidiu que o foro especial por prerrogativa de função, o chamado foro privilegiado, só vale para crimes cometidos no exercício do mandato e relacionado à atividade parlamentar ou de cargo por indicação. Qualquer crime cometido fora dessas balizas estabelecidas pelo Supremo deve ser investigado na primeira instância.
Como o escândalo das “rachadinhas” ocorreu no período em que Flávio Bolsonaro exercia mandato de deputado estadual, a competência para investigar o agora senador é da primeira instância da Justiça do Rio de Janeiro, goste ou não a família do presidente da República.
Caso a tese defendida pelos advogados do agora senador fosse passível de aceitação, a investigação que tem o ex-ministro Abraham Weintraub, acusado de crime de racismo contra o povo chinês, não teria sido enviada à primeira instância da Justiça Federal, por determinação do ministro Celso de Mello.
A exemplo do que antecipou o UCHO.INFO no dia 25 de junho (quinta-feira), a decisão do TJ do Rio de Janeiro será derrubada no Supremo Tribunal Federal, que já estabeleceu jurisprudência sobre a matéria.
No dia do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Flávio Bolsonaro, ministros do STF criticaram a decisão de enviar o caso para a segunda instância.
E JUNHO NEM TERMINOU...
Brasil registra 58 mil mortes por Covid-19 e mais de 1,3 milhão de casos confirmados
Por Redação Ucho.Info/29 de junho de 2020.
O painel do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) registrou 692 mortes por Covid-19 no Brasil nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos oficialmente identificados até esta segunda-feira (29) para 58.314, segundo atualização publicada às 18h.
O Brasil ainda registrou oficialmente mais 24.052 casos da doença, somando agora 1.368.195 infecções. Segundo o painel, a taxa de letalidade da doença no país é de 4,3%. Na avaliação por grupo de 100 mil habitantes, o País tem índice de mortalidade de 27,7 e a taxa de incidência é de 651,1. Os estados mais afetados continuam sendo São Paulo (com 275.145 casos e 14.398 mortes) e Rio de Janeiro (111.883 casos e 9.848 mortes).
Os números do Conass coincidem com a contagem do Painel Coronavírus do Ministério da Saúde. Segundo o órgão, o país tem 757.462 pessoas recuperadas e 552.419 em acompanhamento. Entretanto, diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país alertaram que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.
Nesta segunda-feira, o diretor de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, ressaltou que 1 em cada 4 mortes por Covid-19 nas Américas ocorre no Brasil. A mesma proporção também é observada em relação aos casos confirmados em todo o continente.
Ryan ressaltou que metade dos casos e quase a metade das mortes em todo o mundo ocorrem nas Américas, sendo que a maior parte nos Estados Unidos e no Brasil. Os dois países lideram a contagem mundial de óbitos e infecções.
“Não há dúvida de que o Brasil ainda está enfrentando um grande desafio”, afirmou o diretor. “Existem áreas muito congestionadas e densamente habitadas nos centros urbanos com serviços precários, pessoas vivendo em condições rurais que são difíceis de alcançar e atender. Seria tolice subestimar o tamanho e a complexidade de um país enorme como o Brasil”, observou.
“Não podemos continuar permitindo que a luta contra esse vírus se torne e seja sustentada como uma luta ideológica”, alertou. “Não podemos derrotar esse vírus com ideologias. Simplesmente não podemos.”
(Com agências de notícias)
CERTÍSSIMO, ALEXANDRE DE MORAES!
“Quando o Judiciário chega ao mesmo patamar dos outros Poderes, alguns não aceitam e querem entender que harmonia é apatia. Harmonia também é tensão, acaba sendo tensão entre os poderes porque cada um tem que cumprir suas competências”.
(Alexandre de Moraes, ministro do STF)
ESSES DOIS SÃO UMAS GRACINHAS. QUEM VOTOU NELES?
Deputados bolsonaristas são afastados de atividades na Assembleia Legislativa de SP. Foram afastados os deputados bolsonaristas Douglas Garcia e Gil Diniz (PSL-SP)
Por Mônica Bergano (Folhapress)30/06/20
O presidente da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), Cauê Macris (PSDB-SP), determinou o afastamento, por um ano, dos deputados bolsonaristas Douglas Garcia e Gil Diniz (PSL-SP) de atividades na Casa.
A decisão foi publicada em edição do Diário Oficial desta terça (30).
A ação ocorre um mês depois de o PSL comunicar à Assembleia sobre a suspensão de Gil e Douglas do partido, feita em fevereiro, mas que não havia sido colocada em prática até agora.
Com a decisão de Cauê Macris, os deputados estão oficialmente afastados de funções de liderança ou vice-liderança, além de não poderem orientar a bancada em nome do partido nem participar da escolha do líder do PSL durante o período de desligamento.
Os parlamentares ainda foram removidos da composição das Comissões Permanentes e Temporárias da Casa, bem como do Conselho de Defesa das Prerrogativas Parlamentares.
Douglas, até então, integrava a CPI das Fake News da Assembleia como suplente. A CPI terá os trabalhos retomados nesta terça e o tem como um de seus alvos.
Em maio, a Polícia Federal, no âmbito do inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), fez busca e apreensão no gabinete do deputado estadual Douglas Garcia (PSL), mirando seu chefe de gabinete, Edson Salomão, e um assessor.
Salomão é presidente nacional do Movimento Conservador, bastante presente em manifestações de rua pró-Bolsonaro, e é acusado de chefiar uma espécie de filial paulista do "gabinete do ódio".
O assessor Rodrigo Barbosa Ribeiro, que também foi alvo da operação, coordena o Movimento Conservador na região de Araraquara, no interior do estado de São Paulo.
O deputado estadual Gil Diniz (PSL), igualmente aliado de Jair Bolsonaro e defensor do presidente na tribuna, também é investigado pelo STF, embora não tenha sido alvo da operação. Em outubro de 2019, o jornal Folha de S.Paulo mostrou que Diniz montou uma central de fabricação e distribuição de dossiês e memes contra adversários.
Folha de Pernambuco.
QUANTAS PESSOAS FORAM UTILIZADAS PELOS MANDANTES DA MORTE DE MARIELLE FRANCO?
Polícia cumpre mandados do caso Marielle no Rio de Janeiro.
São cumpridos 4 mandados de prisão.
20 mandados de busca e apreensão.
Operação no Leblon e Barra da Tijuca.
Favela Jorge Tuco também é alvo.
Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em 14 de março de 2018. Na foto, a vereadora discursa durante sessão da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 2017Renan Olaz/CMRJ - 6.set.2017
30.jun.2020
A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Rio de Janeiro), do MPRJ (Ministério Público do Rio), cumprem na manhã desta 3ª feira (30.jun.2020), mandados relacionados ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Os agentes estão nos bairros do Leblon e Barra da Tijuca e na favela Jorge Tuco, na Zona Norte do Rio para cumprir 4 mandados de prisão e 20 de buscas e apreensão.
A vereadora e o motorista foram mortos em março de 2018.
Em operação realizada no dia 10 de junho, a polícia prendeu Maxwell Simões Correa, sargento do Corpo de Bombeiros conhecido como Suel. Ele foi preso em um condômino de luxo e é suspeito de ter ajudado Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, acusados do assassinato. Suel teria escondido as armas usadas na emboscada contra a vereadora.
Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz foram presos no início de 2019. Lessa teria atirado em Marielle e em Anderson. Élcio teria dirigido o Cobalt prata usado na emboscada.
VÁ TRABALHAR, HANG! NÃO TEM MOTIVO PARA APARECER!
Hang é condenado a pagar R$ 300 mil por chamar OAB de ‘bando de abutres’.
Empresário publicou nas redes.
Juiz vê afronta à honra e imagem.
Cabe recurso contra a decisão.
O empresário Luciano Hang em cerimônia no Palácio do Planalto/Sérgio Lima/Poder360 - 29.abr.2020
29.jun.2020
O empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, foi condenado a pagar R$ 300 mil em indenização por danos morais coletivos por causa de publicações nas redes sociais consideradas ofensivas à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
A decisão foi proferida nesta 2ª feira (29.jun.2020) pelo juiz Leonardo Cacau Santos La Bradbury, da 2ª Vara da Justiça Federal de Florianópolis. O valor deve ser destinado a uma Campanha de Valorização da Advocacia, de acordo com a decisão judicial. Cabe recurso ao TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
A condenação atende a uma ação civil pública da seccional de Santa Catarina da OAB. Os advogados reclamaram de publicação feita em 5 de janeiro de 2019 por Hang em seus seus perfis no Instagram, no Facebook e no Twitter. Na mensagem, o empresário escreveu:
“A OAB é uma vergonha. Está sempre do lado errado. Quanto pior melhor, vivem da desgraça alheia. Parecem porcos que se acostumaram a viver num chiqueiro, não sabem que podem viver na limpeza, na ética, na ordem e principalmente ajudar o Brasil. Só pensam no bolso deles, quanto vão ganhar com a desgraça dos outros. Bando de abutres”.
A publicação foi retirada do ar por decisão anterior do mesmo juiz federal.
O juiz considerou que “tais expressões, longe de se constituir em direito de liberdade de expressão e de crítica (…), consubstanciam em manifesto ato ilícito de violação a direitos fundamentais, notadamente a honra, imagem e a dignidade de milhares de advogados, bem como da própria OAB, enquanto instituição de classe”.
“Resta-se, portanto, devidamente comprovado o dano moral coletivo em sua dupla acepção, ou seja, tanto o dano moral coletivo indivisível que afetou a honra e a imagem de toda a classe da advocacia, representada pela sua instituição (OAB), bem como em sua conformidade de dano moral coletivo divisível, posto que a publicação ofensiva é dirigida também a cada um dos milhares de advogados inscritos na referida instituição”, concluiu o magistrado.
A defesa de Hang não se manifestou a respeito da condenação. O espaço segue aberto para eventual posicionamento.
ACIDENTE FATAL COM MOTOCICLISTA PILARENSE
Pilarense morre em acidente de motocicleta em Itatinga, região de Botucatu.
Por Sérgio Santos | sergiosantos@pilarnews.com.br
Foto: Reprodução / Google Street View
Segundo o apurado pela Polícia Rodoviária, e pelos danos na parte dianteira da motocicleta Honda CBX 250 Twister que Emerson conduzia, ele teria colidido contra a traseira de um caminhão e caído, sendo atropelado por um ônibus.
O pilarense chegou a ser socorrido pelo serviço de resgate da concessionária, mas não resistiu aos ferimentos e morreu enquanto era atendido no Pronto Socorro do Hospital das Clínicas de Botucatu.
O ônibus da Viação Andorinha transportava 58 passageiros, nenhum deles ficou ferido, segundo a Polícia.
O motorista do ônibus contou que tentou, mas não conseguiu evitar o acidente, que ainda viu o caminhão estacionado, mas o caminhoneiro deixou o local antes da chegada da polícia e que alguém anotasse as placas.
A ocorrência foi registrada na Delegacia de Polícia de Itatinga que vai investigar o acidente.
O corpo de Emerson Seabra, que era motorista de caminhão e residia no centro, está sendo transladado para Pilar do Sul pela Funerária Paraíso, que ainda não tem previsão dos horários de velório e sepultamento.
OBS: Emerson Seabra / Foto: Arquivo Pessoal.
BOM DIA AO POVO DE GUARUJÁ: 86 ANOS DE HISTÓRIAS.
O Hotel Sofitel Guarujá Jequitimar do Sílvio Santos.
Lindo por fora e por dentro.
segunda-feira, 29 de junho de 2020
ESTEJA PRESO, TRUMP!
Irã emite mandado de prisão contra Donald Trump.
Governo persa pediu ajuda à Interpol para capturar presidente e outras 30 autoridades dos EUA pela morte do general Qassem Soleimani em janeiro.
ERA PARA SER AMANHÃ, MAS A POSSE DO MINISTRO FOI ADIADA. QUANDO SERÁ?
"A zorra que é o governo Bolsonaro dá nisso: nomeia-se ministro sem antes examinar a fundo seu currículo.
É fato também que se a maioria dos brasileiros conhecesse a folha corrida de Bolsonaro jamais teria votado nele".
É o Noblat quem disse.
ENDOSSOOOOOOOO.
PEGA-RABUDA, UMA AVE INTELIGENTE!
Apesar do nome "esquisito", esta ave comum na Ásia, na Europa, na América do Norte e no norte da África, tem a fama de “mão leve”, pois rouba sem dificuldade objetos coloridos e brilhantes.
Apesar desta má fama, ela é sem dúvida uma ave encantadora e muito inteligente, além de muito meiga e mansa! Vejam que beleza de pássaro neste pequeno vídeo:
(fonte: http:// vídeo:
BRASIL FORA DA LISTA!
Covid-19: Brasil está fora de lista preliminar de livre ingresso na União Europeia.
Por Redação Ucho.Info/27 de junho de 2020.
Viajantes estrangeiros oriundos do Brasil, Estados Unidos e Rússia deverão ficar de fora do planejado relaxamento das restrições de viagem à União Europeia (UE) por causa da pandemia do novo coronavírus, disseram diplomatas europeus que acompanham as tratativas nesta sexta-feira (26) a agências de notícias.
Esses três países não constam de uma lista preliminar de países de fora do bloco com ingresso livre a partir de 1º de julho, encaminhada aos embaixadores que os países-membros mantêm na UE, afirmou um diplomata.
Uma decisão ainda não foi tomada, pois os embaixadores ainda estão em contato com os seus respectivos governos. Países com forte setor turístico, como Portugal e Grécia, são a favor de um relaxamento mais amplo, enquanto nações como a Dinamarca defendem regras rígidas.
Outro ponto de discussão é a confiabilidade dos números divulgados pelos países. Muitos governos duvidam que a situação real na China, por exemplo, esteja de fato refletida nos dados que o país comunica.
A UE quer liberar o ingresso no bloco de cidadãos de outros países a partir de 1º de julho, desde que a situação da pandemia nesses países não esteja pior do que na UE.
Um critério para o ingresso livre é que o número de novos casos por 100 mil habitantes em duas semanas seja inferior a 16, que é o número médio de novas infecções nos países da UE no período de duas semanas que se encerrou em 15 de junho.
Além disso, são consideradas a tendência de novas infecções, que deve ser de queda ou no mínimo estável, e a maneira como o país lidou com a pandemia. Isso significa, na prática, que pessoas vindas da Nova Zelândia ou da Coreia do Sul provavelmente poderão entrar na UE a partir de 1º de julho.
Passageiros oriundos dos Estados Unidos, do Brasil, da Arábia Saudita ou da Rússia só poderão fazê-lo em caso de comprovada necessidade. O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças, a autoridade de saúde da UE, atribui ao Brasil uma taxa atual de novas infecções por 100 mil habitantes no período de duas semanas superior a 120.
Segundo a agência de notícias AFP, a lista dos países com ingresso liberado inclui 18 nações, e os países da UE devem comunicar a Bruxelas até a noite deste sábado se concordam com ela. Uma decisão final é esperada para segunda-feira. A lista deverá ser atualizada a cada duas semanas em resposta à situação nos países estrangeiros.
Há duas semanas, a Comissão Europeia recomendou aos governos uma abertura gradual e conjunta das fronteiras a partir de 1º de julho. Cada governo pode decidir ele mesmo quem entra ou não no seu país, independentemente da lista da UE, mas a União Europeia busca uma ação consensual por causa da livre circulação dentro do bloco.
As restrições de viagens à UE estão em vigor desde meados de março e valem para todo o bloco, exceto a Irlanda, e para Noruega, Islândia, Suíça e Lichtenstein.
(Com agências internacionais)
ONDE ESTÁ O SECRETÁRIO DA CULTURA DO BOZO?
Segundo Frota, a reunião virtual será no dia 30/06. O objetivo é ouvir Frias sobre seus projetos para a Cultura. MAS ELE SUMIU!
ESSE HOMEM JÁ CANSOU. FORA, BOLSONARO!
JUSTIÇA MANDA GOVERNO BOLSONARO SE EXPLICAR SOBRE AMEAÇA DE USAR LEI DA DITADURA CONTRA SERVIDORES.
Juiz federal deu cinco dias para que governo dê explicações.
Documento do Ministério da Saúde ameaçou aplicar Lei de Segurança Nacional a servidores Foto: Jorge William / Agência O Globo.
A Justiça determinou nesta quinta-feira que o governo Bolsonaro dê explicações sobre ameaças de usar a Lei de Segurança Nacional contra servidores do Ministério da Saúde.
O juiz federal da Bahia Evandro Reimão dos Reis deu cinco dias para que o governo se manifeste no processo.
A ação foi protocolada pelo deputado federal Jorge Solla, do PT.
A pressão também foi denunciada à Procuradoria-Geral da Repúblicapor líderes de partidos de oposição na Câmara.
(Por Eduardo Barretto)
ATÉ CAMPANHAS POLÍTICAS FEITAS EXCLUSIVAMENTE COM DINHEIRO PÚBLICO. DISCORDO PLENAMENTE!
GOVERNO BANCOU INTEGRANTE DO GRUPO DE EXTREMISTAS DE SARA GEROMINI.
Sul-mato-grossense de 23 anos é bolsista da Secretaria Nacional da Juventude/28/06/2020.
Melquisedeque Sant'ana será candidato a vereador em Campo Grande pelo Republicanos: 'Partido da família Bolsonaro'
Foto: Reprodução.
Um integrante do protesto do grupo extremista '300 pelo Brasil' em frente ao STF, com tochas e máscaras em 31 de maio, estava em Brasília custeado pelo governo Bolsonaro.
Desde abril, Melquisedeque Sant'ana é monitor do Sistema Nacional de Juventude (Sinajuve), ligado à Secretaria Nacional de Juventude, do Ministério dos Direitos Humanos.
O contrato foi assinado no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, do Ministério de Ciência e Tecnologia.
O bolsista tem 23 anos, mora em Campo Grande (MS) e cursa Gestão Pública em uma faculdade particular.
Sant'ana tem recebido bolsas mensais de R$ 1,2 mil para "levantar dados sobre as unidades de juventude que aderirem ao Sinajuve no Mato Grosso do Sul" e "disseminar informação sobre o Sinajuve no Mato Grosso do Sul". O contrato vai até março de 2021.
Por vezes, o estudante vai a Brasília para cumprir expediente na Secretaria Nacional de Juventude. Uma delas foi naquele fim de maio, quando o grupo chefiado pela extremista Sara Geromini se postou em frente ao STF com tochas e máscaras.
Geromini ficou presa por dez dias, por ordem de Alexandre de Moraes.
"Estive sim na manifestação das tochas no Supremo, junto com os 300 e a Sara. Não foi nada nazista como o pessoal falou. Não foi para confrontar, mas para mostrar nosso luto pelo país. Até onde eu sei, não sou alvo do STF. O processo corre em segredo judicial. A gente não sabe, né?", disse Sant'ana, afirmando ter estado em Brasília na ocasião para fazer o cronograma das adesões ao Sinajuve.
Sant'ana, bolsista selecionado pelo governo Bolsonaro
Foto: Reprodução.
Como é de praxe no Portal da Transparência para dados recentes, esses pagamentos de passagens e diárias ao monitor ainda não foram publicados.
O portal registra apenas que Melquisedeque recebeu R$ 2.700 para ficar 11 dias na capital federal em fevereiro e ir à Conferência Nacional de Juventude. O valor foi pago pelo Ministério dos Direitos Humanos.
Sant'ana nega ser um integrante dos 300, mas admite que já foi à chácara onde o grupo acampava e deu "apoio" ao movimento.
"A chácara não tinha nada demais, era só um local para o pessoal tomar banho. Estive lá uma vez. Eu dava apoio mais no acampamento em frente ao Ministério da Agricultura".
Ele afirma que concorrerá a vereador de Campo Grande neste ano pelo Republicanos, "partido da família Bolsonaro", que abriga Flávio e Carlos Bolsonaro.
Nas redes sociais, Sant'ana prega o impeachment de Alexandre de Moraes e xinga o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, que proibiu os acampamentos de manifestantes na Esplanada dos Ministérios.
Em um protesto pró-Bolsonaro em frente ao Palácio do Planalto, tirou fotos acompanhado da cúpula da Secretaria Nacional da Juventude, incluindo a secretária, Jayana Nicaretta, e a chefe de gabinete, Flaviane Agustini.
Secretária da Juventude (de preto), assessores e bolsista Melquisedeque Sant'ana, que participou de protesto com tochas no STF
Foto: Reprodução.
Questionado se não vê conflito de interesses por participar de protestos enquanto recebe diárias do governo, Sant'ana negou, mas afirmou que se afastará do serviço por causa da campanha eleitoral.
"Não vejo problema nenhum. Vou me afastar daqui a uns dias do Sinajuve, para me dedicar à campanha eleitoral".
Procurada para responder se sabia ter financiado um dos participantes do ato, a Secretaria Nacional de Juventude não comentou, mas afirmou que a concessão da bolsa ocorreu "dentro da regularidade e atendeu a critérios técnicos".
O Ibict declarou que avalia apenas a "entrega das atividades propostas no prazo estabelecido".
(Por Eduardo Barretto)
Revista Época.
JÁ OUVIU A VOZ DA VACA MANSA?
Bolsonaro, pela 4ª vez consecutiva, faltou a manifestações dos seus devotos em Brasília que pediam uma nova intervenção militar.
Não pense que ele está se convertendo à democracia.
É medo de não completar o mandato, de seus filhos serem punidos pela Justiça, e de Queiroz delatar.
Noblat.
DIZ "O GLOBO" QUE:
Brasil tem 1.345.470 casos e 57.659 mortos por Covid-19, segundo aponta consórcio de veículos da imprensa em boletim das 8h.
Já na Revista Época, a nota de que o mundo ultrapassa a marca de 10 milhões de casos e de 500 mil mortes por Covid-19.
POR QUE, MEU DEUS?
Já na Revista Época, a nota de que o mundo ultrapassa a marca de 10 milhões de casos e de 500 mil mortes por Covid-19.
POR QUE, MEU DEUS?
domingo, 28 de junho de 2020
A DIFERENÇA É QUE NAQUELA ÉPOCA, O PRESIDENTE MORREU.
Gripe espanhola: caipirinha é inventada como remédio, morte do presidente do Brasil e de 50 milhões.
FÁBIO REIS SAÚDE
(imagem: A primeira página da Gazeta de Notícias mostra o caos no Rio de Janeiro dominado pela gripe espanhola - Biblioteca Nacional)
Em 1918, a pandemia por gripe espanhola espalhou morte e pânico, matou o presidente, fez escolas aprovarem todos os alunos e levou à criação da caipirinha.
Parece filme de terror. Cadáveres jazem na porta das casas, atraindo urubus. O ar é fétido. Os raros transeuntes andam a passos ligeiros, como se fugissem da misteriosa doença. Carroças surgem de tempos em tempos para, sem cuidado ou deferência, recolher os corpos, que seguem em pilhas para o cemitério.
— Por toda parte, o pânico, o assombro, o horror! — exclama o deputado Sólon de Lucena (PB).
Nota do jornal A Noite critica a prefeitura do Rio por forçar cidadãos comuns a enterrar cadáveres durante a epidemia de 1918 (imagem: Biblioteca Nacional)
Como os coveiros, em grande parte, estão acamados ou morreram, a polícia sai às ruas capturando os homens mais robustos, que são forçados a abrir covas e sepultar os cadáveres. Os mortos são tantos que não há caixões suficientes, os corpos são despejados em valas coletivas e o trabalho se estende pela madrugada adentro.
— Esse grande flagelo parece zombar da fortaleza física do homem e deixa como rastro um número extraordinário de mortos e um exército de combalidos entregues à fraqueza, ao depauperamento, à quase invalidez — afirma o senador Jeronymo Monteiro (ES).
O filme de terror ocorreu em 1918, quando a gripe espanhola invadiu o Brasil. A violenta mutação do vírus da gripe veio a bordo do navio Demerara, procedente da Europa. Em setembro desse ano, sem saber que trazia o vírus, o transatlântico desembarcou passageiros infectados no Recife, em Salvador e no Rio de Janeiro.
Jornal do Recife noticia a chegada do Demerara à capital pernambucana em 9 de setembro de 1918: sem saber, navio carrega o vírus da gripe espanhola (imagem: Biblioteca Nacional).
No mês seguinte, o país inteiro já está submerso naquela que até hoje é a mais devastadora epidemia da sua história.
A gripe espanhola, como indicam os discursos acima, domina os debates do Congresso Nacional. As falas dos parlamentares integram o acervo histórico do Arquivo do Senado e do Arquivo da Câmara, em Brasília, e mostram como o Brasil de 1918 se comportou diante da doença.
Assim como outros prédios públicos do país, o Senado e a Câmara, no Rio (que tem o status de Distrito Federal), passam vários dias fechados. Não há funcionários suficientes para tocar as atividades burocráticas no auge da epidemia. Muitos convalescem e outros tantos morreram.
Documento histórico do Arquivo do Senado mostra que dois funcionários da Casa morreram em dezembro de 1918 em decorrência da gripe espanhola (imagem: Arquivo do Senado).
Após vários dias combalido, o senador Paulo de Frontin (DF) é recebido com festa na volta ao Senado.
— Tendo sido também vítima da espanhola e seriamente, Sua Excelência está aí rijo, cumprindo seus deveres com aquela atividade rara que todos lhe reconhecemos — diz, num discurso de boas-vindas, o senador Victorino Monteiro (RS).
Nem mesmo o presidente da República é poupado.
Rodrigues Alves, eleito em março de 1918 para o segundo mandato, cai de cama “espanholado” e não toma posse.
O vice, Delfim Moreira, assume interinamente em novembro, à espera da cura do titular. Rodrigues Alves, porém, morre em janeiro de 1919, e uma eleição fora de época é convocada.
Entre as vítimas ilustres, também figura Olympio Nogueira, estrela do teatro e da música no Rio, bem no auge da carreira.
"O presidente eleito Rodrigues Alves e o galã Olympio Nogueira foram algumas das vítimas ilustres da gripe espanhola"
— Todas as classes, desde os humildes trabalhadores até aqueles que gozam do maior conforto na vida, foram alcançados pelo flagelo terrível, que bem parece universal — constata o deputado Sólon de Lucena. — Dir-se-ia que a morte, não satisfeita com a larga messe de vidas ceifadas nos campos de batalha europeus, quis, na sua ânsia de domínio, estender até nós os seus tentáculos.
Lucena (avô de Humberto Lucena, que seria senador nas décadas de 1980 e 1990) se refere à Primeira Guerra Mundial. Em outubro e novembro de 1918, as manchetes dos jornais brasileiros se alternam entre a gripe espanhola no país e as negociações de paz na Europa. É justamente o vaivém de soldados que faz o vírus mortal tocar todos os cantos do planeta.
Em todo o Brasil, os hospitais estão abarrotados. As escolas mandaram os alunos para casa. Os bondes trafegam quase vazios. Das alfaiatarias às quitandas, das lojas de tecido às barbearias, o comércio todo baixou as portas — à exceção das farmácias, onde os fregueses disputam a tapa pílulas e tônicos que prometem curar as vítimas da doença mortal.
— Nos subúrbios do Rio de Janeiro, as ruas ficam cheias de cadáveres porque as famílias ficam com medo de serem infectadas pelos mortos dentro de casa. Além disso, a medida facilita o trabalho de remoção das carroças da limpeza pública — explica a médica e historiadora Dilene do Nascimento, da Casa de Oswaldo Cruz.
Nos jornais do Rio, são frequentes as notícias de mortos em putrefação dentro de casa (imagem: A Noite/Biblioteca Nacional).
Os parlamentares apresentam uma série de projetos de lei com o objetivo de, em diferentes frentes, combater a doença e amenizar seus efeitos. Uma das propostas determina a aprovação automática de todos os estudantes brasileiros, sem a necessidade dos exames finais.
Citando sua própria experiência como professor da Escola Politécnica (atual escola de engenharia da UFRJ), o senador Paulo de Frontin defende o projeto:
— O momento em que se exige do estudante o máximo esforço são os últimos três meses do ano letivo, quando ele se prepara para o exame final. Exatamente nessa época, grande parte dos alunos foi atacada pela epidemia reinante e muitos falecerem. Na Escola Politécnica, choramos a perda de mais de um. Aqueles que se salvaram estão em uma convalescença que se pode considerar longe de ser completa.
O senador Mendes de Almeida (MA), dono da Escola Técnica de Comércio Cândido Mendes (hoje Universidade Cândido Mendes), no Rio, acrescenta:
— Só na minha escola, mais de 35 professores não têm podido dar as suas aulas por motivo de saúde.
Como 1918 já está chegando ao fim, o presidente interino Delfim Moreira acha mais prudente não esperar as votações do Senado e da Câmara e baixa em dezembro um decreto batendo o martelo de uma vez: aluno nenhum repetirá o ano letivo.
Em anúncio de jornal, importadora de carros aproveita epidemia e alerta sobre os riscos de viajar de bonde (imagem: O Paiz/Biblioteca Nacional).
Em outra linha, o deputado Celso Bayma (SC) redige um projeto de lei ampliando em 15 dias o prazo para o pagamento das dívidas que vencem em plena epidemia. De acordo com ele, a moratória é necessária porque muitos comerciantes baixaram as portas, deixaram de lucrar e, por tabela, ficaram impossibilitados de honrar seus compromissos com bancos e outros credores.
— Os que vivem estes dias angustiosos sabem que a capital do país [Rio] tem necessidade de feriados, o mesmo sucedendo com a praça de São Paulo. Por esse meio, poderão os negociantes encobrir a situação aflitiva em que se encontram — acrescenta Bayma, sem, contudo, conseguir a aprovação do projeto.
Faltam estatísticas confiáveis a respeito das vítimas no Brasil. Mesmo assim, não há dúvidas de que a epidemia é avassaladora. O gráfico de óbitos anuais da cidade de São Paulo mostra um salto gritante quando chega 1918. Num único dia, o Rio chega a registrar mil mortes.
A devastação também pode ser dimensionada pelas ausências na eleição para o Senado ocorrida apenas na cidade do Rio em novembro de 1918. A capital tem 36 mil eleitores registrados, mas apenas 5 mil vão às urnas. Na eleição presidencial de oito meses antes, como comparação, 22 mil cariocas votaram.
— A eleição de senador foi uma eleição sem eleitorado. Tanto vale dizer, não foi uma eleição — critica o senador Francisco Sá (CE), tentando, sem sucesso, anular a votação.
Órfã da epidemia: jornal A Noite conta história de menina de 3 anos que foi deixada na Santa Casa do Rio para adoção, após seus pais terem morrido de gripe espanhola (imagem: Biblioteca Nacional).
O Governo proíbe as aglomerações públicas. Os teatros e os cinemas, além de lacrados, são lavados com desinfetante. Pela primeira vez, as pessoas ficam proibidas de ir aos cemitérios no Dia de Finados — não só para evitar as multidões, mas também para impedir que se veja o estoque de corpos insepultos.
— O que vemos são acontecimentos funestos, uma verdadeira hecatombe — resume o deputado Azevedo Sodré (RJ).
Os jornais estão repletos de anúncios de remédios milagrosos que se dizem capazes de prevenir e de curar a gripe. A oferta vai de água tônica de quinino a balas à base de ervas, de purgantes a fórmulas com canela. A procura é tão grande que as farmácias se aproveitam da situação e levam os preços às alturas. No Rio, a prefeitura reage tabelando o preço dos remédios.
De xaropes a supositórios: charge da revista Fon Fon critica oferta de remédios que prometem milagres contra a gripe espanhola (imagem: Biblioteca Nacional).
Na cidade de São Paulo, a população em peso recorre a um remédio caseiro: cachaça com limão e mel. Em consequência, o preço do limão dispara, e a fruta some das mercearias. De acordo com o Instituto Brasileiro da Cachaça, foi dessa receita supostamente terapêutica que nasceu a caipirinha. Coincidência ou não, uma das peças de maior sucesso em São Paulo em 1918 se chama A Caipirinha.
— A verdade é que a gripe não tem cura — diz o médico Lybio Martire Junior, presidente da Sociedade Brasileira de História da Medicina. — Diante de uma doença mortal nova e da falta de informação, a população fica apavorada e acredita em qualquer promessa de salvação. Até hoje é assim. Basta lembrar os primórdios da Aids.
A epidemia escancara uma deficiência grave do Brasil: em termos de saúde, os pobres estão ao deus-dará. Não há hospitais públicos. Não é raro que as pessoas, assim que se descubram “espanholadas”, busquem socorro nas delegacias de polícia. Quem, aos trancos e barrancos, presta alguma assistência à população carente são instituições de caridade, como as santas casas e a Cruz Vermelha.
— As famílias ricas são menos atingidas do que as famílias pobres porque se refugiam em fazendas no interior do país, mantendo distância do vírus — conta o historiador Leandro Carvalho, professor do Instituto Federal de Goiás e autor de dois estudos sobre a epidemia de 1918.
Dada a multidão que morre todos os dias, começa a correr no Rio a história de que a Santa Casa de Misericórdia, para abrir novos leitos, acelera a morte dos doentes em estado terminal. Isso se daria por meio de um chá envenenado administrado aos pacientes na calada da noite. Nasce, assim, a lenda do “chá da meia-noite”. Os jornais apelidam o hospital de “Casa do Diabo”.
O deputado Azevedo Sodré fica indignado com a campanha de difamação:
— O povo, não sabendo a quem incriminar pela desgraça que o ferira e pelo abandono em que se achou, revoltou-se contra a Santa Casa de Misericórdia, que representa quase toda a assistência pública desta capital. O povo parece não saber que a Santa Casa, afora um subsídio pequeno que lhe concede o governo, vive do favor do público, desse espírito de filantropia tão vivo no seio da nossa população.
No auge da crise, prefeitos e governadores se dão conta de que não podem permanecer de braços cruzados. Com certo atraso, distribuem remédios e alimentos, improvisam enfermarias em escolas, clubes e igrejas e convocam médicos particulares e estudantes de medicina.
No âmbito federal, o que existe é a Diretoria-Geral de Saúde Pública, subordinada ao Ministério da Justiça, mas com atuação bastante tímida, cuidando apenas da barreira sanitária dos portos e da higiene da capital do país.
O deputado Sodré afirma que a culpa da epidemia não é da Santa Casa, mas sim da Diretoria-Geral da Saúde Pública, por ter subestimado as notícias da gripe espanhola no exterior e não ter imposto quarentena aos navios vindos de fora, como o Demerara.
— Mesmo dias depois, ao irromperem os primeiros casos no Brasil, reinava em nossa repartição sanitária a mesma ignorância máxima. Presenciamos uma quase falência dos nossos serviços de higiene e assistência públicas.
Sodré, então, apresenta um projeto de lei que promoveria a diretoria a Ministério da Saúde Pública.
— Salvemos ao menos as aparências. Se ao Governo não sorri a ideia de um Ministério da Saúde Pública, que nos diga o que pretende fazer, para que nós, o Congresso Nacional, inteirados do seu desejo, nos movamos, discutamos e resolvamos consoante as nossas funções no sistema representativo que rege o país.
Apesar dos apelos, o projeto não avança. De qualquer forma, o susto da gripe espanhola faz o Governo se mexer. Um ano mais tarde, na virada de 1919 para 1920, o Congresso Nacional aprova e o presidente Epitácio Pessoa sanciona uma decisiva reforma na estrutura federal de saúde.
A acanhada diretoria cresce, ganha responsabilidades e é rebatizada de Departamento Nacional de Saúde Pública. O novo departamento atua no combate à lepra, à tuberculose, à malária e às doenças venéreas. O escopo agora é nacional.
Assim, de forma indireta, a gripe espanhola planta tanto a semente do Ministério da Saúde, que surgirá em 1930 (como Ministério dos Negócios da Saúde e da Educação Pública), quanto a do Sistema Único de Saúde (SUS), que será previsto na Constituição de 1988.
Do mesmo modo abrupto com que chega ao Brasil, a gripe espanhola desaparece repentinamente. Em dezembro, já são raros os contágios. Foram tantas as pessoas infectadas entre setembro e novembro que o vírus praticamente não tem mais a quem atacar.
Enfim terminado o filme de terror, os cariocas usam o Carnaval de 1919 como forma de exorcizar o fantasma da gripe espanhola. O Rio assiste, nos bailes e nos blocos de rua, àquela que talvez seja a folia mais desenfreada de que se tem notícia na cidade. Das marchinhas aos carros alegóricos, o tema da festa é um só: o “chá da meia-noite” — que não bota medo em mais ninguém.
Reportagem por Arquivo S
Ricardo Westin, da Agência Senado
Com pesquisa do Arquivo do Senado
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