Macaco foi encontrado no bairro Caxangá / Foto: Divulgação.
Um macaco bugio foi encontrado morto na quarta-feira em uma área de mata no bairro Caxangá. Mas o fato só foi comunicado ontem (28) às autoridades sanitárias do município.
“O animal já estava em adiantado estado de decomposição, morto há mais de 72 horas, por isso não foi possível coletar material para análise, que só pode ser feita em até 48 horas após o óbito. Por essa razão não conseguimos constatar se ele estava, ou não, com o vírus da febre amarela”, explicou Marcos Augusto de Gois Vieira, o Marquinho, secretário de governo da Prefeitura de Pilar do Sul.
Marquinho, acompanhado de Zacarias Fogaça, diretor de Vigilância Sanitária, e Maíra Martins, coordenadora de controle de zoonoses, estiveram no local averiguando a situação e orientando os moradores.
O animal foi recolhido, congelado e será incinerado.
Eles contaram que este é o terceiro macaco encontrado morto na zona rural de Pilar do Sul.
O primeiro foi encontrado também no bairro Caxangá e levado por um morador até a VISA e, como também estava em adiantado estado de decomposição, não foi possível comprovar a causa mortis.
O segundo foi resgatado ferido, possivelmente atacado por cães, no mês de junho no Jardim Cananéia. O bicho não resistiu aos ferimentos e morreu, foi periciado, mas o resultado deu negativo para febre amarela.
Apesar de colocar as autoridades em alerta, eles explicaram que não há motivo para pânico, uma vez que em 2009 foi realizada uma campanha de vacinação contra a febre amarela e estimam que 80% da população de Pilar do Sul foi imunizada contra a doença.
As autoridades explicaram que a campanha de vacinação contra a febre amarela é contínua, que a vacina está disponível nos postos de saúde, mas que a prioridade serão as áreas onde os animas mortos foram encontrados.
“Já na próxima semana iremos intensificar uma campanha no bairro Caxangá, para vacinar os indivíduos que não foram vacinados em 2009, e na região do bairro da Paineira iremos fazer um bloqueio imunológico pela sua proximidade com Piedade, onde já foram encontrados três macacos mortos contaminados com o vírus da doença na região do bairro da Serra, que faz divisa com nosso município” disse Marquinho.
Zacarias Fogaça pede a colaboração da população para que informe, o mais rápido possível, o aparecimento de macacos mortos ou doentes. “O quanto antes fomos avisados, mais rapidamente poderemos colher material para exame, que só pode der feito em até 48 horas após a morte do animal, para comprovar a incidência, ou não, do vírus da febre amarela”, disse.
A Vigilância Sanitária fica localizada na avenida Miguel Petrere (ao lado do Supermercado Dia). Telefone: (15) 3278-4248.
Macaco não é o vilão
Maíra Martins alerta a população que o macaco não transmite a doença que, por isso, as pessoas não devem atacar os animais.
A técnica veterinária explica que eles representam um alerta às autoridades quanto à incidência da doença em áreas silvestres, porque são vulneráveis ao vírus, e ajudam a elaborar ações de prevenção da doença em humanos.
Assim como a dengue, a febre amarela é um vírus transmitido por um mosquito. Na verdade, três: Haemagogus e Sabethes, que propagam a doença nos meios rurais e silvestres, e o Aedes aegypti, transmissor nas zonas urbanas. Não são registrados casos urbanos da doença no Brasil desde 1942.
Os sintomas são febre, dor de cabeça aguda, dores no corpo, vômito e fraqueza.
Em casos graves, a pessoa pode ter febre alta e icterícia (cor amarelada na pele e branco dos olhos) e pode evoluir para falência dos rins e do fígado e até causar a morte.
Secretário Marquinho em entrevista ao repórter Artur Vergennes da TV Tem / Foto: Sérgio Santos.
Blog do Sérgio Santos.