sábado, 4 de abril de 2015

A RESSURREIÇÃO DE HINTON


Anthony Ray Hinton (ao centro) abraça amigos e familiares ao deixar a prisão no Alabama. Ele ficou mais da metade da vida no corredor da morte (Foto: Hal Yeager/AP)

Anthony Ray Hinton (ao centro) abraça amigos e familiares ao deixar a prisão no Alabama. Ele ficou mais da metade da vida no corredor.
-----------"A todos que contribuíram para me pôr no corredor da morte, vocês responderão a Deus", disse Anthony Ray Hinton ao deixar a prisão no Alabama, nos Estados Unidos, na sexta-feira (3) - Sexta-Feira Santa. 
Ele passou mais da metade de seus 58 anos na prisão, condenado por dois assassinatos em 1985. 
Ele sempre jurou inocência. E agora, três décadas após os crimes, a Justiça reconheceu que não havia provas para condená-lo.
-----"O sol realmente brilha", afirmou emocionado, recebido pelas irmãs e amigos em frente à penitenciária do condado de Jefferson. Hinton estava acompanhado de seu advogado, Bryan Stevenson, diretor da ONG Equal Justice Initiative, em Montgomery.
---- "Hinton passou 30 anos trancado em uma cela de 5 por 8 (5 pés por 8, que equivalem a cerca de 1,5 m x 2,5 m) e com o Estado do Alabama tentando matá-lo todos os dias", disse Stevenson, ao site AL.com.
A única evidência que, segundo os investigadores e a promotoria, o ligavam ao crime eram balas e uma arma encontrada na casa em que morava com a mãe. Porém, não se provou que os projéteis tivessem mesmo sido disparados daquela arma.
Hinton era um dos detentos mais antigos no corredor da morte do Alabama.
Foto: Hal Yeager/AP
Revista Época.

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