Noblat afirma que Bolsonaro cometeu suicídio político em cadeia nacional de televisão.
Publicado em 25 março, 2020/ O ESSENCIAL
Ricardo Noblat. Foto: Divulgação/Veja
Mau militar como o definiu no passado Ernesto Geisel, o terceiro general-presidente da ditadura de 64.
Mau esposo como ex-mulheres dele admitiram.
Mau chefe de família, a julgar pelas relações conflituosas com os filhos e dos filhos entre si.
Mau deputado, como registram os anais da Câmara.
Como Jair Messias Bolsonaro, chamado por seus devotos irascíveis de Mito, poderia vir a ser um bom presidente da República?
Sua fala à Nação, ontem à noite, confirmou mais uma vez a antiga lição que de onde menos se espera daí é justamente que não sai nada capaz de produzir algum alento ou de reverter expectativas.
Foram surpreendidos outra vez.
Aconselhado por seus três belicosos filhos e outros garotos expoentes do “gabinete do ódio”, quase às escondidas dos seus ministros, Bolsonaro gravou um pronunciamento que, de tão desastroso, foi recepcionado por mais um panelaço de norte ao sul do país, o oitavo.
Os antigos samurais cometiam haraquiri para demonstrar sua coragem.
Pilotos japoneses da 2ª Guerra Mundial se lançavam com seus aviões carregados de explosivos sobre alvos inimigos para provar sua fidelidade ao imperador.
Para nada, Bolsonaro cometeu suicídio político em cadeia nacional de rádio e televisão.
(…)
A retaguarda militar que Bolsonaro imagina dispor está cada vez mais desencantada com ele. E a linha de frente das Forças Armadas, blindada contra a tentação de uma aventura que possa destruir o Estado de Direito.
A galope, Bolsonaro torna-se irrelevante e perfeitamente dispensável.
Que assuma Mourão.
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