Em 1857, o informante Urias Nogueira de Barros recebeu um ofício do Governo Imperial para que enviasse um relatório de sua excursão pela região de Botucatu, Itapetininga, Capão Bonito, rio Paranapanema e Rio Claro.
Em seu relatório, o informante afirmou ter adentrado no sertão por volta de 1.838, explorando as entradas da comarca para conhecer os campos e minerações.
Relata ter entrado pela Vila de Itapeva, topando com a má vontade das pessoas que habitavam as grandes fazendas que cercavam o sertão.
Não estando muito prático na navegação do Paranapanema, Urias Nogueira de Barros teria encontrado tribos indígenas "embraviçadas", como ele mesmo relata, nas margens do rio, nas proximidades de Botucatu.
Os índios teriam matado um homem chamado João de Deus, migrante de Minas Gerais, crucificando-o de braços abertos até o padecimento.
Num relato sobre um conflito entre brancos e índios conta-se que uma família, que não se especifica se é a de João de Deus, teria se recusado a abrir e disparado tiros pelos buracos das portas.
Relata-se que o capitão Ignácio Dias Baptista e uma menina de onze anos teriam morrido nesse conflito.
O relato da época, porém apresenta redação, gramática e sintaxe confusas, o que impossibilita interpretações mais precisas e detalhadas.
Este texto foi retirado do livro "Um pouco da História do Avaré - outrora Rio Novo", de João Baptista do Amaral Pires (Jango Pires), Editora Arcádia São Paulo - edição 1.952.
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