Do site da Faculdade de Direito da USP, retirei o histórico sobre o Centro Acadêmico XI de Agosto, a seguir.
O Centro Acadêmico XI de Agosto é a entidade estudantil mais antiga e tradicional do País. Fundado em 1903, o XI, como é carinhosamente chamado, tem superado os limites de ser apenas um órgão representativo dos alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco: sempre foi, e ainda é, um agente ativo nas transformações político-sociais do Brasil, agindo em prol dos interesses democráticos e dos direitos humanos.
Em 106 anos de existência, o XI de Agosto foi palco de conquistas que só seriam vistas muitos anos depois no plano nacional, como a adoção do voto secreto e do sufrágio feminino. Envolveu-se em campanhas cruciais, tais como "Diretas Já!", "Fora Collor!", "O petróleo é nosso!" e "Sou da Paz".
Não só na história recente do Brasil, mas desde o começo do século 20, quando foi criado, o XI de Agosto mostra-se um centro propagador de ideais republicanos e de igualdade, concretizados, por exemplo, nas Escolas Proletárias do XI de Agosto e na resistência incansável à ditadura de Vargas.
Berço de líderes políticos, juristas e literatos, pelo XI passaram vultos como Monteiro Lobato, Jânio Quadros, Washington Luiz, Ulisses Guimarães, Aloysio Nunes Ferreira Filho, Plínio de Arruda Sampaio, Dalmo de Abreu Dalari, Miguel Reale, Lygia Fagundes Telles, Hilda Hilst, Antonio Candido e Júlio Mesquita Filho, só para citar alguns exemplos de personalidades que ajudaram a construir a história da instituição, seja em seu corpo diretivo, seja como membro.
Preocupado com as necessidades sociais, o XI de Agosto encabeçou iniciativas como o "Departamento Jurídico XI de Agosto" – entidade que, desde 1919, presta assistência jurídica gratuita à população carente –, o "SAJU" – Serviço de Assessoria Jurídica Universitária – o "Cursinho do XI" – curso pré-vestibular popular – e o "Juizado Especial Cível da São Francisco", além de ter exercido papel vital, mais recentemente, na criação da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
Por todos esses motivos, o XI é motivo de orgulho para quem dele fez parte, para os alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e para todos os cidadãos brasileiros.
Como entidade de tradição secular cuja história se confunde com a do Brasil, o XI continua a abrigar a juventude que não deixa de se inquietar frente às injustiças de seu tempo.
Na década de 60, veja só o que os alunos faziam (nota da revista "Fatos e Fotos", da época):
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