domingo, 26 de junho de 2022

COVID LEVOU FREI JOÃO XERRI

 

De vez em quando passo as vistas sobre recortes de jornais ou revistas que fazem parte do meu arquivo e vou atrás para saber como estão hoje as pessoas que apareceram neles.
Aqui, recorte de um texto escrito por Vital Fogaça Balboni, publicado em 02 de outubro de 1999, onde diz da emoção da família por ocasião da missa realizada em intenção do seu saudoso irmão Zizo.
"Foram necessários 30 anos para que tivéssemos a liberdade de prestar uma homenagem de verdade ao Zizo, sem timidez nem acanhamento, orgulhosos de sermos irmãos de um são-miguelense que teve coragem suficiente para enfrentar um poder militar armado, duro, decidido a eliminar quem ousasse cruzar seu caminho".
Nessa missa, estiveram presentes muitas pessoas conhecidas do Zizo, incluindo o FREI JOÃO XERRI, "dominicano,defensor fervoroso dos direitos humanos dos povos, das minorias, dos excluídos" que fez questão de estar na cidade em pleno sábado, para homenagear o Zizo.
Fiquei sabendo que o aludido frei estava nessa época com 50 anos de idade. Era natural de Malta, uma ilha do Mar Mediterrâneo ao sul da Itália.
Ordenado frade dominicano em 1971, chegou ao Brasil em 1974, onde atuou em missões nas cidades de Faxinal (PR), Londrina (PR), Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e, finalmente, Goiânia.
Na vocação progressista dos frades dominicanos, João era membro do Conselho Provincial dos frades dominicanos no Brasil, assessor da Renovação Cristã Católica, membro de três organizações não governamentais: a Comissão Dominicana de Justiça e Paz do Brasil; a Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação da CRB Nacional; e a Rede de Justiça e Direitos Humanos. Também era do Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno.
Vítima da Covid-19, Frei João Gwann Xerri, referência dos direitos humanos em Goiânia, faleceu no dia 30 de maio de 2021, com 71 anos de idade.


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