O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investiga denúncias sobre a existência de uma organização criminosa que funcionaria dentro do Centro de Detenção Provisória de Sorocaba (CDP), em Aparecidinha.
Foi o que mostrou na noite de ontem o programa Conexão Repórter, apresentado pelo jornalista Roberto Cabrini e transmitido pelo SBT.
Na reportagem, o diretor Márcio Coutinho - foto - é apresentado por Cabrini como um dos principais envolvidos num suposto esquema que, entre outras coisas, envolveria a transferência de presos mediante pagamento de propina.
Durante a matéria, que mostrou a rotina de agentes penitenciários, familiares de presos na fila de visitas confirmaram a existência do esquema.
Uma das entrevistadas afirmou ter pago R$ 1.500 para transferir um preso a um "lugar bom".
Sem se identificar, um agente penitenciário detalhou a existência da prática, que chegaria a custar de R$ 800 a R$ 2 mil, valores negociados com advogados dos presos.
O mesmo agente também comentou sobre a facilitação da entrada de drogas à unidade.
Nas entrevistas, também foram mostrados casos de agressão e assédio moral, supostamente praticados por Coutinho.
A reportagem também comparou o salário do diretor, líquido de R$ 7.673,76, com seus gastos ostentados em redes sociais e patrimônios, como o imóvel onde reside em Sorocaba e a aquisição de restaurantes, citadas por um dos agentes.
A reportagem da atração televisiva informou que a Secretaria de Administração Penitenciária do estado de SP negou o pedido de entrevista com Coutinho e que iria apurar as denúncias.
De acordo com Antônio Farto Neto, promotor de justiça que integra o Gaeco, o trabalho de investigação colheu quantidade significativa de provas.
"Diversas pessoas foram ouvidas, estamos procurando provas documentais e há indícios da prática de diversos crimes", disse em entrevista ao programa.
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