Antonio Ermírio de Moraes nasceu em 04 de junho de 1928 na cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, cursou os primeiros anos escolares no Colégio Rio Branco de onde conserva a lembrança da mestra Dona Soledade Santos que até hoje reverencia como modelo de educadora dedicada e competente.
Concluídos os estudos secundários, ingressou na Colorado School of Mines, no Estado do Colorado, Estados Unidos da América onde também se diplomaram seu pai o engenheiro, industrial e depois Senador da República, José Ermírio de Moraes e seu irmão José Ermírio de Moraes Filho.
Diplomou-se engenheiro metalúrgico naquela escola em 1949. Durante toda sua vida manteve laços íntimos com a Colorado School of Mines. Em 1989, foi agraciado com o título de "Doutor em Metalurgia".
Industrial ativo, é Presidente do Grupo Votorantin e dirige todo o Setor de Mineração e Metalurgia daquele Grupo.
Preocupou-se sempre com a educação do povo brasileiro. Nas inúmeras palestras que profere ao longo do ano em universidades, escolas secundárias, associações profissionais e outras exorta a importância da boa educação para o progresso individual e social.
Antonio Ermírio participou e continua participando ativamente dos principais movimentos de desenvolvimento e de democratização do Brasil. Chegou a competir pela governança do Estado de São Paulo, em 1986. Dessa experiência duas conseqüências resultaram. De um lado, decepcionou-ne com vários aspectos da política partidária. De outro, sentiu a necessidade de transmitir esperança para a juventude que vota e que precisa acreditar nos governantes.
Para tanto, escolheu o teatro como a forma mais direta de transmitir sua experiência e sua mensagem. Como autodidata nesse terreno, empenhou-se intensamente no exercício da difícil arte da dramaturgia. Escreveu uma primeira peça enaltecendo o patriotismo de quem produz e gera empregos, condenando os que vivem da especulação financeira. Foi assim que nasceu BRASIL S. A., encenada em várias cidades do Brasil durante muitos meses, tendo atingido um público de mais de 70 mil pessoas.
Em um novo esforço de trabalho dramatúrgico, concluiu sua segunda peça teatral, focalizando a necessidade de se melhorar a saúde da população do povo brasileiro. "S.O.S. BRASIL" teve grande sucesso, ficando em cartaz por dois anos e sendo vista por mais de 60 mil pessoas. Trabalha atualmente em uma nova peça centrada na grave questão da educação, cujo título provisório é “ACORDA BRASIL”!
Ao lado de seu trabalho no terreno da dramaturgia, publica, desde 31/03/91, uma coluna dominical no jornal Folha de São Paulo que se transformou em uma tribuna de análises e críticas construtivas sobre as deficiências do Brasil, com a indicação de rumos para sua correção.
A par dessas atividades, Antonio Ermírio tem um grande envolvimento com a questão social, doando suas horas de descanso a várias obras de São Paulo. Por cinco anos (de 1962 a 1967) foi Presidente da Cruz Vermelha Brasileira época em que conseguiu elevar a Instituição à condição de maior Hospital Infantil do País onde, ainda hoje, é Vice-Presidente.
Concomitantemente, ocupou-se da Cruz Verde, instituição privada, de utilidade pública, que assiste crianças portadoras de paralisia cerebral, integrando seu Conselho Diretor e, logo em seguida, ocupando a sua presidência no período de 1973 a 1975. Na presidência, comandou a construção e equipamento de um Hospital com capacidade para atender 200 crianças portadoras daquela deficiência.
Cumprida a tarefa, passou a dedicar-se à Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência onde, ocupa sua presidência, até hoje (2004) há 33 anos. Dentro da filosofia de ajuda ao próximo, a Beneficência Portuguesa, além de atender exemplarmente os seus associados, dá completa acolhida a beneficiários do Sistema Único de Saúde - SUS em todos os campos da medicina mas com ênfase no Setor da Cardiologia. Dos 1.750 leitos do hospital, 60% são ocupados diariamente pelos beneficiários do SUS.
Antonio Ermírio combina de forma harmoniosa sua vida de industrial, dramaturgo, ensaísta e benemérito.
Tomou posse da cadeira de número 23 da Academia Paulista de Letras em 17 de junho de 1999.
Essa cadeira tem como patrono o Monsenhor Manuel Vicente.
Fonte: site da ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS
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