É tão linda esta cor dourada que cobre o pé de ipê
que minha alma rejuvenesce a cada manhã
quando abro as janelas de casa
para um novo dia que já nasceu.
E ao vê-lo tão majestoso e altaneiro,
nesse convite festivo às aves ciganas
que aportam em seus galhos
para saborear seu mel,
me chega de repente,
sucintamente,
meiga e vagarosamente,
a imagem daquela que lhe possibilitou
agigantar-se de uma simples brota,
a minha mãe!
Com mãos pequeninas e olhar contemplativo,
ela amparou, dia e noite, feito mãe e filha.
E não plantou para gáudio próprio,
e, sim, para cumprir seu papel de cidadã.
Tenha certeza, minha mãe,
que toda vez que esse pé de ipê abrir-se em flores,
elas serão em homenagem a você.
Obrigada, mãe!
- Luiza Válio -
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