sábado, 28 de novembro de 2020

NO DESGOVERNO BOLSONARO SÓ EXISTE SOBREMESAS. E MOURÃO PARA PASSAR O BABADOURO.

 

Reações de Mourão e do Itamaraty ao revide da China provam que Bolsonaro mistura governo com família.
Por Redação Ucho.Info/27 de novembro de 2020.


A reação do governo Bolsonaro à resposta da Embaixada da China ao ataque infundado e irresponsável do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é no mínimo preocupante. O parlamentar acusou o governo chinês de tentar usar a tecnologia 5G para espionar outras nações, mas não apresentou provas da acusação leviana que fez nas redes sociais.
A representação diplomática da China em Brasília responde, também nas redes sociais, que o Brasil poderá sofrer consequências comerciais caso a Huawei, empresa que participa da licitação do 5G, seja descartada do processo com base em critérios absurdos e movidos pela teoria da conspiração.
O Itamaraty divulgou nota em que classifica como inapropriada a forma com a diplomacia chinesa respondeu a Eduardo Bolsonaro. “Não é apropriado aos agentes diplomáticos da República Popular da China no Brasil tratarem dos assuntos da relação Brasil-China através das redes sociais. “Os canais diplomáticos estão abertos e devem ser utilizados”, destaca a nota.
Que a diplomacia brasileira se apequeno de forma vexatória sob o comando de Ernesto Araújo todos sabem, mas beira o desvario defender a tecnologia 5G de empresas norte-americanas apenas porque Bolsonaro e Ernesto Araújo dedicam sabujice nauseante ao ainda presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Se a China foi atacada por Eduardo Bolsonaro no Twitter, sem qualquer embasamento, o palco adequado para rebater é a própria rede social. Além disso, quando Jair Bolsonaro usa as redes sociais para disparar impropérios contra tudo e todos, o Ministério das Relações Exteriores adota silêncio obsequioso. Aliás, Ernesto Araújo há muito endossa os despautérios do chefe.
Ademais, considerando que o Itamaraty entrou em cena para solucionar crise criada por Eduardo Bolsonaro, o “fritador de hambúrguer”, é porque o filho “03” do presidente da República, assim como os outros, integram a cúpula do governo e palitam em assuntos que não lhes dizem respeito. 
Como Bolsonaro acredita ter sido eleito para se apossar do País, transformando-o em propriedade privada do próprio clã, a subserviência do Itamaraty é um atentado à democracia.
Como se não bastasse, o vice-presidente Hamilton Mourão também resolveu interferir na crise provocada por Eduardo Bolsonaro. Mourão criticou a forma com a Embaixada chinesa em Brasília reagiu, afirmando que o caminho “diplomaticamente está errado”. O vice-presidente completou sua fala dizendo que troca de acusações nas redes sociais pode virar um “carnaval”.
“É a segunda vez que o embaixador chinês reage dessa forma. Dentro das convenções da diplomacia, o camarada se sentindo incomodado com qualquer coisa que tenha acontecido no país, ele escreve uma carta para o ministro das Relações Exteriores e vai ao Itamaraty e apresenta as suas ponderações, não via redes social ou então vira um carnaval”, disse Mourão.
Ora, se há alguém no País que não pode falar em “carnaval” nas redes sociais, esse certamente é Hamilton Mourão, que desde o início do governo desempenha o papel de “babá de plantão” para conter os arroubos de Bolsonaro, um despreparado e desprovido de estofo para cargo de tanta relevância e responsabilidade.
O vice-presidente deveria sugerir a Bolsonaro que coloque uma mordaça nos filhos, mesmo que todo cidadão tenha o direito de externar livremente o pensamento, pois a China é o principal parceiro comercial do Brasil. 
Tomando por base que Paulo Guedes ainda não saiu da seara da teoria e a economia verde-loura está capengando à beira do precipício, o melhor a fazer é tratar Pequim com pompas e circunstâncias, sem recorrer ao “complexo de vira-lata”.

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