segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O PRESIDENTE ESTEVE POR LÁ, FEZ UM "XIXIZINHO" E SAIU CORRENDO...

 

No 21º dia de apagão no Amapá, moradores contabilizam prejuízos após maior chuva do ano.
Mesmo com energia para 89% da carga média, mantendo fornecimento na maior parte do dia, bairros ainda ficaram sem eletricidade no domingo (22). Devido ao tempo, a ativação de geradores termoelétricos foi transferida para esta segunda-feira (23).
Por G1 AP — Macapá


Chuvas em Macapá no domingo (22), durante apagão no Amapá — Foto: Reprodução.
O 21º dia de apagão energético no Amapá, nesta segunda-feira (23), começa com a contabilização dos prejuízos de domingo (22). Macapá teve o maior volume de chuva do ano e muitas casas foram invadidas pela água. 
Os amapaenses ainda enfrentam falhas no fornecimento de energia.
O Amapá enfrenta uma crise energética desde 3 de novembro, quando um incêndio atingiu a principal subestação do estado. Cerca de 90% da população enfrentou um blecaute de 4 dias, e um novo apagão total no dia 17 de novembro, que foi solucionado em cerca de 4 horas.
No sábado (21), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumpriu a primeira agenda no estado desde o blecaute. 
Ele participou de breves cerimônias para ativação de parte dos geradores termoelétricos contratados emergencialmente e que tinha a promessa de restabelecer a energia para 100% do estado.
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou, na noite de domingo, que o “fornecimento de energia elétrica ocorreu dentro da normalidade” ao longo do dia, com atendimento de 89% da carga média. 
Em Macapá, por exemplo, a maioria dos bairros estavam com energia na maior parte do domingo. No entanto, à noite, houve racionamento em algumas regiões.
O órgão informou ainda que os outros geradores, que seriam ativados ao longo do dia, não foram instalados devido “dificuldades relacionadas à logística e ao clima” e que expectativa é de que até esta segunda “estejam operacionais 34 MW [megawatts] de geração térmica”.


Moradora registrou água da chuva que entrou dentro da casa dela, em Macapá — Foto: Reprodução.

Chuvas
Além das falhas na energia, o macapaense enfrentou no domingo a força das chuvas. Principalmente nas regiões onde há obras, como na Zona Sul, moradores registraram as casas invadidas pela água. Alguns atingidos chegaram a sair das residências devido ao problema.
De acordo com o Núcleo de Hidrometeorologia (NHMet) do Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), a previsão do tempo indicava que cairia 45 milímetros, principalmente na faixa central do estado.
“Essa chuva de agora de domingo foi a mais intensa de todo o ano de 2020. Teve um acúmulo aproximado de 74 milímetros em menos de uma hora de chuva. E essas chuvas estão se estendendo por praticamente toda a faixa Sul, Central, Oeste e parte dos municípios do Norte do estado”, descreveu Jefferson Vilhena, coordenador do NHMet.
A quantidade de água que caiu no domingo foi quase metade do que já caiu no mês e a previsão é de mais chuvas ainda em novembro.
“A gente percebe que essas chuvas estão se intensificando e pode ser que ocorram mais intensas do que essa. Só neste mês de novembro, o acumulado de chuvas já passou os 150 milímetros, que chega a ser 3 vezes mais que o esperado para todo o mês”, destacou Vilhena.

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