Ele perambula o dia todo pelos quatro cantos da cidade, sobe e desce, desesperadamente:
- Ó de casa!... Ó de casa!... Ó de casa!...
Carrega sempre uma sacola plástica.
Quando consegue alguma coisa das pessoas, que pode ser alimento ou dinheiro, aí fica feliz: vai trocar tudo pela maldita droga.
Mas isso dura apenas alguns minutos.
Lá vem ele de novo, e de novo, e de novo.
Não dorme nunca.
Se a polícia realmente desejasse acabar com o tráfico, pelo menos em minha cidade, era só seguir o sujeito que chegava no ninho da cobra bêbada.
Ou não chegava?
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