“Vai ser o fim de vocês”: carta nazista com ameaças de morte é encontrada na UFSC.
Publicado por Beatriz Castro/ Atualizado em 4 de novembro de 2022 às 15:16.
DCM
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)Foto: Reprodução
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) informou que encontrou uma carta com ameaças de cunho nazista assinada com as iniciais “SS”, uma alusão a um dos principais exércitos do governo nazista de Adolf Hitler. Na carta, pessoas LGBTQIA+, gordas e negras são ameaçadas de morte. Esse é o segundo caso do tipo registrado em duas semanas.
O texto ainda diz que a polícia não os “intimida” e que o presidente Jair Bolsonaro (PL) “vai ganhar novamente e vai ser o fim de vocês nas federais”. A carta foi encaminhada para a Polícia Civil, que apura em sigilo a identificação de células neonazistas em Santa Catarina.
“Iremos limpar a universidade e fazer um mundo melhor para os nossos filhos e netos. Mulheres gordas nem para serem estupradas servem. Mulher preta nem para carregar filho serve. Lugar de preto é trabalhando na roça, não em faculdade. Mulher em casa cuidando e esperando o marido”, diz um trecho da carta, compartilhada nas redes sociais.
Em comunicado, a universidade afirma que encaminha à investigação “todos os casos de nazismo e racismo que ocorrem nas dependências da instituição, uma vez que se tratam de crimes”. “Internamente, a Universidade está registrando e mapeando todos esses episódios”.
A UFSC não informou como ficou sabendo da carta, mas garantiu que, até o momento, “todos os episódios criminosos são apócrifos e registrados em locais sem acesso ao monitoramento por câmeras por questões de privacidade, como sanitários”. Apesar de não ter identificado nenhum suspeito, a universidade diz que o estudante ou servidor que tiver cometido os atos, será penalizado.
Na semana passada, banheiros da UFSC foram rabiscados com frases contra mulheres e judeus. O banheiro do Centro de Ciências Jurídicas da instituição, em Florianópolis, foi pichado com frases afirmando que as mulheres deveriam ser “mortas e estupradas”.
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