Que tal a gente sossegar nesse feriado e ler algum destes livros que são preferidos do presidente Lula?
Chupim aos montes e todo dia, ao alvorecer. Nós seguíamos para espantá-los com nossas armas.
Chupim engana, é matreiro e preguiçoso. Come o arroz que a gente planta — ouvíamos falar —, gosta de coisa pronta. Não batalha pelo seu grão.
Chupim nos marimbus podia colocar ovos no ninho de xanã, no do sangue-de-boi de penugem vermelha cor de fogo, cantando “tiê, tiê” para os ovos dos filhotes que pensa serem seus.
Chupim coloca ovos no ninho de carrega-madeira que esteve construindo sua casa para abrigar sua cria — e as crias do parasita sem saber.
Deixava seus ovos fecundados para serem chocados nos ninhos de xorró-d’água, cabeça-de-velho, sabiá-bosteira, sabiá-bico-de-osso, bem-te-vi, patu-d’água e guachu.
Os ovos do chupim cresciam debaixo da beleza do canto do sofrê e até de zabelê no chão. Mas nunca vi ovo de chupim no ninho de paturi.
Por que será? É o que guardo das conversas que tínhamos quando nos encontrávamos em nossa casa, quando muito, na casa da família de tio Servó, no sequeiro do rio Santo Antônio.
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