quarta-feira, 9 de novembro de 2022

OLHA ISSO!

 

Eventual anistia a Bolsonaro está em negociação nos bastidores, mas é preciso barrar tamanho absurdo
Por Redação Ucho.Info/08 de novembro de 2022



Logo após a divulgação do resultado do segundo turno da eleição presidencial, em 30 de outubro passado, o editor do UCHO.INFO conversou com pessoas que frequentam com destreza e assiduidade os bastidores do poder. 
Aos interlocutores afirmou que a partir daquele momento ganharia força uma negociação mantida sob sigilo para livrar o presidente Jair Bolsonaro dos crimes cometidos ao longo do mandato.
De início, nossos interlocutores negaram a existência de uma negociação do gênero, mas com o passar dos dias começaram a admitir a ideia. 
O plano é complexo e passa pela Procuradoria-Geral da República, que, subserviente ao Palácio do Planalto, tem solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento de várias investigações envolvendo Bolsonaro. 
Tal estratégia visa reduzir o número de ações judiciais que serão remetidas à primeira instância do Judiciário após o presidente deixar o cargo, por causa da perda do foro privilegiado.
Desde que chegou à Presidência da República, Jair Bolsonaro cometeu vários crimes, principalmente no âmbito da pandemia do novo coronavírus, e condenações não estão fora do radar, inclusive com possibilidade de prisão.
Uma eventual anistia a Bolsonaro seria um escândalo sem precedentes desde a redemocratização, além de deixar aos próximos governantes a mensagem de que tudo é possível, já que mais adiante um acordo de bastidor é capaz de sepultar possíveis crimes.
É importante que o brasileiro de bom-senso rejeite com tenacidade tal ideia, pois o Brasil confirmaria o vergonhoso status de terra da impunidade. 
As manifestações organizadas por bolsonaristas radicais em muitas cidades do País têm como pano de fundo não apenas o discurso mentiroso e fracassado de que as eleições foram fraudadas, mas também um acordo para garantir alforria ao ainda chefe do Executivo.
O Brasil não pode repetir o erro cometido por ocasião da redemocratização, quando a anistia aos opositores da ditadura foi estendida por tabela aos facínoras do regime militar.
O perdão concedido aos militares na ocasião passou a produz efeito a partir da derrota de Jair Bolsonaro nas urnas. 
Afinal, não fosse a tal anistia, os golpistas de agora não estariam nas ruas e diante de quarteis pedindo intervenção militar, como se o Estado Democrático de Direito e a Constituição Federal permitissem tamanho absurdo.
É importante que a parcela de bem da sociedade fique atenta aos movimentos nos subterrâneos do poder, pois em nome de dinheiro fácil políticos são capazes de tudo e mais um pouco. 
O assunto vem sendo tratado desde o fim do primeiro turno da corrida presidencial e não será surpresa se vier à tona a qualquer momento.

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