Oito pessoas foram atendidas no Hospital de Trauma de Campina Grande, entre a sexta-feira (8) e esta segunda-feira (11), relatando que foram feridas com agulhadas dentro do Parque do Povo, durante o
São João 2018 de Campina Grande.
De acordo com a infectologista Priscila de Sá, as vítimas contaram que sentiram as furadas e, logo depois, foram ao hospital em busca de ajuda.
Até o início da manhã dessa segunda-feira, o Hospital de Trauma já havia registrado cinco casos.
Outras duas pessoas que viram os casos sendo relatados na imprensa também procuraram atendimento durante a tarde.
No início da noite desta segunda-feira outro homem procurou o hospital relatando o mesmo caso.
Ao todo são 8 pessoas, sendo seis homens e duas mulheres.
De acordo com o capitão da Polícia Militar, Jhonata Yassaki, as denúncias estão sendo apuradas. Ele destacou que as ocorrências não foram notificadas na Polícia Militar, pois as vítimas foram em busca de atendimento médico imediato.
Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira, as imagens das câmeras de segurança do Parque do Povo estão sendo analisadas.
A Polícia Militar também destacou que a biometria facial anunciada pela empresa organizadora não está sendo feita.
“As informações que tivemos foi através da imprensa e do Hospital de Trauma, porque as vítimas buscaram de imediato o atendimento de saúde preventivo. Pegamos algumas características com as vítimas e estamos analisando as câmeras de segurança. E o comando também pediu o reforço nos procedimentos de segurança”, disse ele.
Já a empresa Aliança, que faz a organização do evento, divulgou uma nota na tarde desta segunda-feira, informando que estava trabalhando em conjunto com a Polícia Militar para investigar os casos. A nota ainda diz que nos postos de atendimento do Parque do Povo, apenas uma ocorrência foi registrada.
Sobre a biometria facial, a assessoria de imprensa da Aliança informou que os equipamentos foram garantidos, mas ainda precisam ser instalados nas entradas do Parque do Povo. Apesar disso, até a tarde desta segunda-feira não foi anunciado um prazo para a instalação.
A médica do Hospital de Trauma informou que, após o atendimento, a equipe de saúde confirmou que havia marcas de agulhadas no corpo das vítimas, mas que ainda não há como saber se as seringas estavam com alguma contaminação ou não.
O procedimento feito no hospital, segundo Priscila de Sá, foi registrar um protocolo de acidente por agulha possivelmente contaminada e fornecer aos pacientes a medicação necessária para evitar infecção pelo vírus HIV.
Além disso, as vítimas também foram encaminhados para o setor responsável pela medicação contra infecção do vírus hepatite B.
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