Políticos lamentam a morte do ex-governador e ex-ministro Waldir Pires, aos 91 anos
Políticos de diferentes partidos e correntes ideológicas lamentaram nesta sexta-feira (22) a morte de Waldir Pires, ex-governador da Bahia e ex-ministro da Previdência e Assistência Social (1985-1986), do Controle e da Transparência (2003-2006) e da Defesa (2006-2007).
Internado no Hospital da Bahia na noite de quinta-feira (21) com um quadro de pneumonia, Pires teve parada cardiorrespiratória e faleceu por volta das 10h desta sexta-feira, aos 91 anos.
No Twitter, o presidente Michel Temer lembrou que Pires foi o primeiro governador da Bahia eleito após a redemocratização.
Na época, Waldir Pires estava filiado ao PMDB, mesmo partido de Temer. “Os baianos, e os brasileiros, perdem um símbolo da política feita com ética e paixão pelo país”, escreveu o presidente.
Neto do falecido Antônio Carlos Magalhães, que foi desafeto político de Pires, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), lamentou a morte. Em sua conta pessoal no Twitter, o prefeito escreveu que o ex-governador e ex-ministro é um personagem político de relevância, que escreveu seu nome na história.
“Estivemos em lados opostos, mas Waldir Pires nos deixa o exemplo de homem público que exerceu com serenidade o seu papel na política”, ressaltou o prefeito, expressando sentimentos aos parentes e amigos do ex-governador.
Em nota, o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, disse ter recebido a notícia da morte do ex-ministro com pesar e manifestou e sentimentos aos parentes e amigos de Pires, que comandou a pasta no período de 31 de março de 2006 a 25 de julho de 2007.
Correligionário de Pires, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), também lamentou o falecimento do político baiano.
“A Bahia e o Brasil não perdem apenas um político. Waldir Pires era um exemplo de caráter e retidão, na vida pública e na vida privada. Dedicou boa parte de seus 91 anos de vida à defesa da cidadania e à construção de um Brasil melhor. Esse legado serve de herança e inspiração”, escreveu o petista.
A ex-presidente Dilma Rousseff também usou as redes sociais para comentar que a notícia da morte de Pires lhe causou “muita tristeza”.
“O Brasil perde um de seus mais valorosos e combativos filhos, um homem comprometido com a democracia e com o povo brasileiro”, destacou a ex-presidente, acrescentando que este é um “dia triste para todos aqueles que lutamos e sonhamos com um Brasil mais justo”.
Companheiro de Pires nos primeiros anos do governo Lula, quando respondeu pela Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais, da Presidência da República, o ex-ministro Aldo Rebelo (Solidariedade) classificou o político baiano como “um homem honrado”.
Em nota, o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) informou que os servidores receberam com imenso pesar a notícia do falecimento do primeiro ministro a chefiar o órgão em sua atual configuração.
Segundo o texto, o ex-ministro ficou conhecido pela “ampla estruturação” promovida no órgão.
“Foi responsável por coordenar a atuação das estruturas de detecção e punição na CGU, em 2003, quando os mecanismos de prevenção da corrupção ganharam maior dimensão. Durante a gestão do ex-ministro, a CGU implementou importantes políticas de controle da administração pública, bem como de prevenção e combate à corrupção, com destaque para o programa de fiscalização de estados e municípios a partir de sorteios públicos”, lembra a nota do órgão, destacando que foi Pires quem assinou, em 2003, no México, a adesão brasileira à Convenção das Unidas Contra a Corrupção, incluindo a presença brasileira nos fóruns internacionais sobre o tema.
(Com ABr)
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