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O radialista Jairo Sousa foi assassinado na madrugada de quinta-feira (21.jun.2018) em Bragança, a 220km de Belém (PA). O jornalista apresentava o programa “Show da Pérola”, na rádio Pérola FM. Em suas transmissões, Sousa criticava a administração local e dava espaço para reclamações de ouvintes.
Segundo a Polícia Civil, o crime aconteceu por volta de 5h na entrada do prédio onde está sediada a rádio.
De acordo com testemunhas, o radialista foi alvejado pelas costas por um homem, que em seguida fugiu de motocicleta com um comparsa. Sousa foi socorrido com vida e levado ao Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, mas morreu logo após dar entrada.
Uma força-tarefa da divisão de homicídios do Estado do Pará está em Bragança para apurar o assassinato. A equipe, liderada pelo diretor de polícia do interior Sílvio Maués, é formada por peritos, investigadores e delegados especializados.
Anos atrás, antes do “Show da Pérola”, Jairo Sousa apresentava o “Patrulhão 106”, na rádio Princesa FM, programa de grande audiência na região e teor semelhante. Uma colega de Sousa disse ao Comitê de Proteção a Jornalistas que o profissional recebeu ameaças no passado, e que algumas vezes usava colete à prova de balas.
Por meio do Programa Tim Lopes, a Abraji trabalha para apurar se o crime foi uma retaliação ao trabalho de Sousa. A associação encaminhou ainda ofícios ao secretário de Segurança Pública, ao delegado geral da Polícia Civil e ao governador do Pará, solicitando celeridade no esclarecimento do homicídio.
Para a Abraji, o assassinato de um comunicador em função do exercício da atividade jornalística é um grave atentado à liberdade de expressão.
Ao tentar silenciar uma voz e criar um clima de insegurança entre os demais profissionais, crimes do tipo prejudicam a circulação de informações e opinião.
Diretoria da Abraji, 22 de junho de 2018.
Blog da Marli Gonçalves
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