terça-feira, 25 de setembro de 2018

A FALA DO NOSSO PRESIDENTE MICHEL TEMER NA 73ª ASSEMBLEIA-GERAL DA ONU

REUTERS/Carlo Allegri



O presidente brasileiro iniciou sua fala ressaltando que é uma honra para o Brasil abrir o debate geral das Nações Unidas e saudando María Fernanda Espinosa Garcês por ser a primeira mulher a presidir a reunião anual da organização.


"Hoje se impõe outra tarefa: a de defender a integridade desta ordem (global atual) que, por imperfeita que seja, tem defendido a causa maior da humanidade", disse o presidente brasileiro ao se dizer contra o nacionalismo, o isolacionismo e a intolerância.



O presidente também destacou a aproximação com a Aliança do Pacífico, e também com outras associações comerciais, como a União Europeia, entre outras. "Seguimos estreitando nosso relacionamento com as Américas, com a Europa, com a Ásia e com a África."



Temer disse que na abertura, "e não a introspecção e no isolamento" que construiremos uma realidade compartilhada. "No Mercosul, por exemplo, afirmamos a vocação democrática do bloco", afirmou o presidente.


O presidente homenageou o diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Melo, morto há 15 anos em atentado a bomba contra a sede local da ONU, em Bagdá, no Iraque.


"Mas sabemos que a solução para a crise virá quando nosso vizinho, a Venezuela, encontrar o caminho do desenvolvimento", afirmou o líder brasileiro.


"O Brasil tem recebido todos que chegam ao seu território. São dezenas de milhares a quem tentamos dar toda a assistência", disse Temer. "Temos promovido também sua interiorização para outras regiões do país, emitimos documentos que os habilitam a trabalhar no país."


Sobre a imigração, Temer disse que a América do Sul enfrenta uma onda de grandes proporções.

"Reafirmo, com diálogo e solidariedade, que venceremos a intolerância e venceremos com a paz"


Sobre o conflito entre israelenses e palestinos, Temer disse que o Brasil renova seu apoio à solução de Dois Estados. 

Falando do conflito sírio, ele disse que o Brasil acolheu o número expressivo de refugiados do país, que já está me seu 7º ano de guerra civil.


Com isso, ele defendeu a "necessária reforma do Conselho de Segurança". "Demos reiteradas provas de que juntos somos capazes quando nos movemos por esses valores."


Temer também falou que ao desafio do unilateralismo deve se responder com mais multilateralismo. "Problemas coletivos demandam respostas coletivamente articulas. Daí o significado maior da Organização das Nações Unidas."


O presidente brasileiro falou que mais de 40% das matrizes energéticas do Brasil são limpas e renováveis. Ele ressaltou os esforços do governo para reduzir o desmatamento que, garantiu, "são hoje 70% menores do que em 2004".


"Hoje, podemos olhar para trás e verificar o quanto fizemos em pouco tempo de governo. Dissemos não ao populismo e vencemos a pior recessão de nossa história (...) voltamos a crescer e a gerar empregos. Portanto, devolvemos o Brasil ao trilho do desenvolvimento."


Temer lembrou ser a última vez que representa o País no debate geral e falou sobre a eleição de 2018, que renovará o Executivo e o Legislativo. "Assim tem sido nos últimos 30 anos e assim deve ser sempre e, afinal, somos autoridades constituídas, já que o poder emana do povo", disse o presidente ao afirmar que o Brasil é uma "democracia vibrante e sólida".


"Nada, absolutamente nada conseguiremos sozinhos. Nada conseguiremos sem a diplomacia e sem o multilateralismo", afirmou o presidente.

Temer também citou o ex-secretário-geral da ONU ao encerrar seu discurso na ONU.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo.

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