LEI DA MORDAÇA JÁ VIGORA E
RESTRINGE ATUAÇÃO DA IMPRENSA
Alertado pelas notícias de que os médicos do Hospital Municipal de Ibiúna haviam entrado em greve por falta de pagamento, o repórter de vitrine online foi conferir na manhã deste sábado (21) a movimentação por lá.
A "lei da mordaça" estabelecida no dia 9 pela prefeitura [com a proibição a todos os servidores e comissionados de darem entrevista à imprensa] já aparecia como clima reinante no local.
O repórter teve que adotar um comportamento diverso de quando há liberdade de expressão, para não criar situação de constrangimento aos funcionários que lá trabalham.
Ao se aproximar de uma ambulância que se preparava para transferir um paciente, a primeira atitude do motorista foi fechar a porta da ambulância, dois funcionários que ali estavam evitaram até mesmo olhar para o profissional da imprensa.
Ao decretar a "lei da mordaça", na prática a prefeitura acabou de fechar ainda mais suas portas para o mundo, tornando-se opaca.
Sua imagem já bastante comprometida perante a sociedade ficou ainda pior.
No desfile de hoje, em comemoração aos 158 anos de vida emancipada,
Tália, Aglaia e Eufrosina, três divindades da mitologia grega que personificavam o dom de agradar, participaram simbolicamente.
Além dos estudantes de várias escolas, também integraram o desfile o Grupo da Melhor Idade e equipes de vôlei, jiu-jítsu, capoeira, karatê e a corporação da Guarda Civil Municipal e veículos da PM, que desfilaram com as sirenes ligadas.
Antes da abertura do desfile, em um palanque armado na praça da Matriz, onde se encontravam secretários municipais, dois vereadores e um deputado estadual, o prefeito Fábio Bello, em breve discurso, disse que o evento representava o “retorno do desfile cívico a Ibiúna que não estava ocorrendo havia sete anos” e agradeceu aos presentes.
Conforme haviam decidido [e noticiado por vitrine online] em uma reunião realizada no dia 17, mais de duzentos profissionais da educação participaram do desfile vestidos de preto em protesto contra as promessas feitas pelo prefeito ante uma pauta de reivindicações por eles apresentadas e não cumpridas. A manifestação desses profissionais foi silenciosa.
Eles desceram a rua XV de Novembro com os braços dados e, quando chegaram próximo à praça da Matriz, onde estava o palanque oficial, receberam a solidariedade da multidão que ali se aglomerava, recebendo aplausos entusiásticos.
Fonte: Vitrine Online.
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