Golpeie a sorte, corra desse emaranhado,
Fuja.
Da força das marés corte caminho,
Solte a fera enjaulada,
Rompa os cadeados,
Chute para o alto as correntes assassinas,
Desintegre seus átomos,
Cuspa as feridas,
Plante sementes
De formas desconexas
Para que elas desarmem o renascer
De amargos frutos,
Que não vale a pena prosperar.
Descubra a casa do seu ser envelhecido,
Derrube os alicerces,
Carregue consigo apenas a liberdade
Para escolher novos espaços,
Construindo devagar uma nova vida.
Quebre o passado da memória,
Ache outro mar
Para beber
Ou onde possa conduzir seu barco com sabedoria
Ao lugar que lhe reserva o novo amanhecer.
Corte os cabelos do tempo,
Afogue os pecados,
Lave seu espírito,
Siga em frente,
E
Não... Volte... Mais...
- Luiza Válio -
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