terça-feira, 10 de março de 2015

QUO VADIS, DILMA ROUSSEFF?

Dilma reage ao panelaço. 
Veja se entende o que ela disse
Louve-se o PT. 
10/03/2015 - 08h02
Ricardo Noblat

Quem pensa confusamente quase sempre se expressa confusamente. Desse mal padece a presidente Dilma Rousseff. Ela só se expressa bem quando lê o que lhe escrevem.
Ontem, por exemplo, no rastro do panelaço que marcou sua aparição no último domingo em cadeia nacional de rádio e televisão, ela disse que manifestações contra o governo são normais.
Mas criticou o que seria uma tentativa de promover “um terceiro turno das eleições”. 
Dilma com a palavra:
- O que não é possível no Brasil é a gente também não aceitar a regra do jogo democrático. A eleição acabou. Houve o primeiro e houve o segundo turno. O terceiro turno das eleições, para qualquer 
cidadão brasileiro (...) não pode ocorrer a não ser que você queira uma ruptura democrática.

O que será que inspirada pelo ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, ela chama de “terceiro turno”? 
E que poderia resultar em uma “ruptura democrática”? 
Nem ela explicou nem o ministro.
Onde ela viu no panelaço o risco de “uma ruptura democrática”? Não deve ter visto. Do contrário não o teria tratado como uma manifestação normal contra o governo.
“Terceiro turno” é só uma expressão de que se valeu Mercadante para desqualificar o panelaço. Nada quer dizer de fato. 
Dilma a repetiu por falta de imaginação. 
Seu vocabulário consegue ser mais pobre 
do que o de Lula.
Quanto aos gritos de “Fora, Dilma!” ouvidos durante o panelaço, Dilma observou:
- Eu acho que é questão de conteúdo. Eu acho que há que caracterizar razões para impeachment.
Entendeu?
Eu também não. 
Adiante.
A manifestação a favor do impeachment marcada para o próximo domingo em diversas cidades não parece assombrar Dilma. Talvez aumente sua confusão mental. Confira:
- Ela em si [a manifestação] não representa a legalidade nem a legitimidade de pedidos que rompem com a democracia.
E agora? Entendeu?
Eu também não.
Louve-se o PT. 
Você pode não concordar com ele, mas entende o que ele diz por mais absurdo que soe.
Marchar contra Dilma é tentativa de golpe. 
Pedir a deposição dela é golpe, decretou o PT. 
E estamos conversados.
Dilma Rousseff (Foto: Divulgação)Dilma Rousseff (Imagem: Divulgação)

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