domingo, 10 de setembro de 2017

REGIÃO DE SOROCABA É A 5A. MAIOR EM MORTALIDADE INFANTIL DO ESTADO DE SÃO PAULO


 
Mortalidade infantil na região de Sorocaba é a 5ª maior do Estado/ Rodrigo Gasparini - rodrigo.gasparini@jcruzeiro.com.br
Dados da Fundação Seade são de 2016 e mostram que a TMI da cidade de Sorocaba foi de 10,7 - PIXABAY.COM
A região que compreende os 48 municípios do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Sorocaba foi a quinta que mais registrou casos de mortalidade infantil (óbito de crianças com até um ano de idade) em São Paulo no ano passado. 
No levantamento histórico dos últimos 10 anos, houve queda de 21,19% no número de casos. 
Os dados são da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Ao todo, são 17 DRSs em todo o Estado. 
A taxa de mortalidade infantil (TMI) da DRS de Sorocaba em 2016 foi de 11,9 óbitos para cada 1 mil nascidos vivos. 
A região só foi superada pelas DRSs de Marília (12,4), Araçatuba (12,6), Registro (12,8) e Baixada Santista (13,8). 
Já o local do Estado que registrou menor TMI ao longo do último ano foi a DRS de São José do Rio Preto, com 8,3 casos para cada 1 mil nascidos vivos.
Os dados do ano passado representam ligeira elevação na TMI da região sorocabana, que havia registrado 11,7 casos em 2015. Ainda assim, o número é menor que o registrado nos anos anteriores. 
Em 2007, por exemplo, foram 15,1 óbitos para cada 1 mil nascidos vivos, o que representa queda de 21,19% no comparativo dos últimos 10 anos.
O levantamento da Fundação Seade tem por base os dados dos Cartórios de Registro Civil de todos os municípios paulistas. De acordo com o estudo, em nível estadual, duas em cada três mortes infantis em 2016 ocorreram no período neonatal (até 28 dias de vida), proporção que se manteve praticamente inalterada nos últimos anos.
A taxa de mortalidade infantil, que relaciona as mortes ocorridas entre crianças menores de um ano com o número de nascidos vivos em determinado momento do tempo, é um dos indicadores mais utilizados para aferir as condições de vida da população, em especial aquelas relacionadas à saúde.

Em Sorocaba
A cidade de Sorocaba apresentou ligeira elevação na TMI em 2016, na comparação com o ano anterior -- foram 10,7 e 10,5 casos por 1 mil nascidos vivos, respectivamente. A cidade segue a tendência do Departamento Regional, com queda de 18,94% no número de casos nos últimos 10 anos (foram 13,2 óbitos para cada 1 mil nascidos vivos em 2007).
Na região
Das 48 cidades que fazem parte da DRS de Sorocaba, sete fecharam o ano passado sem o registro de óbitos infantis: Barra do Chapéu, Campina do Monte Alegre, Itaóca, Itapirapuã Paulista, Jumirim, Quadra e Ribeira.
Em Jumirim, por exemplo, foram 53 nascidos vivos em 2016. A cidade tem população de 3,1 mil habitantes e os partos são realizados em Tietê, cidade localizada a 11 quilômetros de distância. 
A estatística, porém, leva em conta o município de residência dos pais da criança.
No caso de Jumirim, a ausência de óbitos em 2016 repetiu o que havia ocorrido em 2015, 2013 e 2012. 
A secretária de Saúde e Vigilância Sanitária da cidade, Márcia Maria Nicolletti Bertola, cita melhorias na Santa Casa de Tietê e campanhas de pré-natal como fatores decisivos para o índice positivo. "A gente corre atrás e tenta fazer com que as grávidas tenham o maior acompanhamento possível. Nosso índice é de sete consultas ou mais durante o pré-natal", comenta.
Das cidades da DRS de Sorocaba que registraram casos, o menor índice ficou com Capela do Alto: 3,4 óbitos por 1 mil nascidos vivos. 
Já os maiores índices são de Riversul (34,9 óbitos por 1 mil nascidos vivos), Tapiraí (32,6), Itaberá (32), Nova Campina (31,5) e Apiaí (30,7).

Mortalidade infantil na DRS de Sorocaba
Ano Nº de óbitos *
2007 15,1

2008 14,7

2009 14,2

2010 13,5

2011 13,6

2012 12,7

2013 13,2

2014 12,7

2015 11,7

2016 11,9

* Por cada 1 mil nascidos vivos.

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