Os colonizadores Guedes e Bolsonaro têm de falar grosso também com grandes.

Desembarque de Cabral em Porto Seguro, óleo de Oscar Pereira da Silva, 1922 / Imagem: reprodução
Reinaldo Azevedo Colunista do UOL 07/02/2020.
O ministro da economia, Paulo Guedes, com a habilidade política habitual, comparou os servidores públicos a parasitas em uma palestra.
Já volto ao ponto.
Este governo tem um problema muito grave, entre muitos: os dois homens mais poderosos do país olham para o país como se fosse uma terra de primitivos a ser colonizada por uma sapiência superior.
Quando o presidente Jair Bolsonaro propõe garimpo em terras indígenas e diz que o índio quer o que a gente quer, expressa o seu entendimento sobre tudo o que não se resume a ele, à sua família e a seu grupo de amigos — entendidos, então, como o promontório da civilização.
Ao repetir, como fez, a afirmação racista de um ex-jornalista, segundo quem o Brasil seria uma potência caso se trocasse o seu povo por um outro — tirada intelectualmente inclassificável, dado seu nível de estupidez —, ouve-se a voz do preconceito mais odioso.
É como se o "ser brasileiro" se definisse, então, pelo defeito, pela falha, pela ausência de virtudes. E tudo aquilo, então, que caracteriza um "brasileiro" só serviria para infelicitar esta grande terra, ocupada por... parasitas....
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