sexta-feira, 2 de outubro de 2020

QUANTA COISA ANTÔNIO ADAUTO LEITE, MORTO AOS 93 ANOS, PRESERVOU SOBRE OS INDÍGENAS.


Fundador do Museu de Arqueologia Indígena, Antônio Adauto Leite morre aos 93 anos.
Ele estava internado no Hospital São Vicente de Paulo, em Carmo do Rio Claro, desde dezembro do ano passado.
Por G1 Sul de Minas/30/09/2020 


Fundador do Museu de Arqueologia Indígena, Antônio Adauto Leite morre aos 93 anos.
Morreu na madrugada desta quarta-feira (30) aos 93 anos de idade, o fundador do Museu de Arqueologia Indígena de Carmo do Rio Claro (MG), Antônio Adauto Leite. Ele estava internado no Hospital São Vicente de Paulo desde dezembro do ano passado, se tratando de uma infecção nos rins e uma pneumonia.
Segundo informações da prefeitura, a história de seu Antônio Adauto Leite se confunde com a história do município, pois desde 1969 ele colecionava um acervo riquíssimo de peças indígenas, que deram origem ao Museu de Arqueologia Indígena, que leva o nome dele e conta com mais de três mil pelas catalogadas. 
O museu é considerado o maior do gênero na América Latina.
Em dezembro de 2015, a história de Antônio Adauto Leite e do museu de arqueologia foi destaque do Terra da Gente, programa da EPTV Sul de Minas, afiliada Rede Globo.


Fundador do Museu de Arqueologia Indígena, Antônio Adauto Leite morre aos 93 anos — Foto: Arquivo / Cedoc EPTV
Segundo relatos antigos de Antônio Adauto, os índios que habitavam a região eram os Catu-auá, conhecidos também como Cataguases. Já os Tupi-guaranis também vieram para o interior, na época escravizados pelos colonizadores. As peças até então eram abrigadas na fazenda dele, e foram vistas por milhares de pessoas de diferentes localidades, além de estudantes e pesquisadores.
As maiores peças guardadas por Antônio Adauto são as igaçabas, uma espécie de urna onde eram “depositados” os corpos dos índios depois de mortos.


Adornos, utensílios e ferramentas: algumas peças do acervo — Foto: Erlin Schmidt/TG
Em 2011, as peças foram levadas da fazenda para a cidade e no dia 16 de julho foi inaugurado o espaço totalmente dedicado a Antônio Adauto, no mesmo prédio onde no passado destinou-se ao Colégio Sagrados Corações e já representava um símbolo da cultura local.
Na inauguração, Antônio Adauto Leite foi quem primeiro se pronunciou: 
“É o dia mais feliz da minha vida, me sinto um menino que acaba de ganhar um presente e quer mostrá-lo a todos”, disse Antônio, ao convidar as pessoas para que conhecessem o Museu.

OBS: O corpo de Antônio Adauto Leite foi sepultado no Cemitério de Carmo do Rio Claro. 

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