terça-feira, 22 de dezembro de 2020

NA VERDADE, BOZO É SÓ UM BOBO DA CORTE QUE DIVERTE SUA TROPA.

 

Derrota de irmão de Davi Alcolumbre em Macapá reforça o “pé frio” e a incompetência política de Bolsonaro.
Por Redação Ucho.Info/21 de dezembro de 2020


Quando o UCHO.INFO, durante a corrida presidencial de 2018, afirmava que Jair Bolsonaro é um despreparado em todos os sentidos, em especial na seara política, não se tratava de figura de retórica, mas mera constatação da realidade.
Tanto é assim, que Bolsonaro, enquanto parlamentar, passou 28 anos no chamado “baixo clero” da Câmara dos Deputados.
O fato de Bolsonaro ter sido inexpressivo como deputado federal deveria ter servido como referência aos brasileiros que naquele ano foram às urnas em busca de uma nova realidade para o País. Como parte da sociedade decidiu acreditar em uma proposta inconsistente, o resultado aí está: após dois anos de governo, Jair Bolsonaro só colecionou derrotas e protagonizou episódios vexatórios, levando o País ao retrocesso.
A maior e mais recente prova desse despreparo foi o seu apoio a Josiel Alcolumbre, irmão do presidente do Senado e candidato derrotado à prefeitura de Macapá. 
Qualquer pessoa minimamente instruída em termos políticos sabia que esse apoio resultaria em nada para ambos os lados [Josiel e Bolsonaro].
A decisão do presidente da República de apoiar Josiel teve como segunda intenção uma eventual blindagem a Flávio Bolsonaro, por intermédio de Davi Alcolumbre, senador pelo Amapá e chefe do Legislativo.
Famoso por ser “pé frio” quando o assunto é apoio político-eleitoral, dentro e fora do Brasil, o que já lhe rendeu o apelido de “Mick Jagger” tupiniquim, Bolsonaro deveria saber que apoiar o irmão de Davi Alcolumbre seria um desastre, já que o apagão no Amapá foi creditado a inoperância do governo federal.
Davi Alcolumbre, presidente do Senado, que se esforçou para reduzir ao máximo a duração do apagão que afetou seu estado, acabou derrotado junto com o irmão e Bolsonaro. 
Agora, a trinca de derrotados terá de curar as feridas políticas, até que a fraca memória do brasileiro entre em ação.
O presidente do Senado, que nos bastidores sempre abusou da arrogância, disse certa feita ao editor do UCHO.INFO ser o Davi que derrotara o “Golias do Amapá”, em referência ao ex-presidente José Sarney. 
Ciente de que o apagão no estado teria efeito devastador na campanha do irmão, Davi Alcolumbre insistiu no apoio do Palácio do Planalto e acabou por sentir o sabor indigesto da derrota por causa de um néscio político chamado Jair Bolsonaro.
Como se não bastassem as muitas derrotas que o Judiciário e o Legislativo têm lhe imposto nas últimas semanas, Bolsonaro agora se lança em empreitada arriscada e que começa a desmoronar antes da hora: “comandar” a Câmara dos Deputados a partir do apoio a Arthur Lira, candidato palaciano ao comando da Casa legislativa.
Após erguer Rodrigo Maia ao panteão dos inimigos políticos, Bolsonaro pode sofrer nova e acachapante derrota política, desta vez comandada por alguém que nos últimos dois anos salvou o governo de um fiasco ainda maior.
A preocupação do presidente da República é com a possibilidade de ao menos um dos 56 pedidos de impeachment receber sinal verde na Câmara dos Deputados. E se isso acontecer, o governo estaciona de vez e Bolsonaro encerra de maneira melancólica uma carreira política que sequer deveria ter começado.

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