Ministério Público investiga irregularidades na Festa da Uva em São Miguel Arcanjo.
Festa aconteceu no início de 2023, ocasião em que diversas pessoas foram agredidas em confusões. O inquérito civil corre na esfera de defesa do consumidor. Dentre as irregularidades, a promotoria vai apurar os casos de violência denunciados por visitantes, falta de atendimento médico e contratos com cantores.
Por g1 Itapetininga e Região
25/08/2023 18h13 Atualizado há 3 dias
Secretário de Cultura de São Miguel Arcanjo (SP) interrompe agressões em 'Festa da Uva' — Foto: Redes sociais/Reprodução
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) abriu um inquérito para investigar a 37ª Festa da Uva de São Miguel Arcanjo (SP), realizada em fevereiro deste ano. O processo foi instaurado na última terça-feira (22), mas divulgado nesta sexta (25).
A Festa da Uva foi promovida por uma empresa de Sorocaba (SP), contratada através de licitação, que, segundo a promotoria, “pagou uma contrapartida de cerca de 90 mil reais à prefeitura para explorar a promoção da festa”.
O inquérito civil corre na esfera de defesa do consumidor. Dentre as irregularidades, a promotoria vai apurar os casos de violência denunciados por visitantes, falta de atendimento médico e contratos com cantores.
Conforme aponta o MP, os seguranças contratados agiram com violência na repressão de desentendimentos durante a festa. Na época do ocorrido, a Polícia Civil informou que investigava ao menos dez casos de agressões na festa.
Moradores denunciam agressão de seguranças na Festa da Uva de São Miguel Arcanjo.
Outro ponto que é alvo da investigação é a denúncia da ausência de ambulância e enfermeiro no local do evento, requisitos obrigatórios conforme edital de licitação.
O promotor de Justiça Gabriel Careta do Carmo também solicitou informações para investigar a contratação, com verba pública, de artistas para se apresentarem no evento.
Em nota, a Prefeitura de São Miguel Arcanjo disse que foi notificada pelo MP e destacou que prestará todos os esclarecimentos necessários para auxiliar no andamento da investigação.
O g1 tentou contato com a organizadora do evento por telefone e e-mail, mas não obteve retorno até a conclusão desta reportagem.
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